O termo burnout já não é mais desconhecido para os profissionais em idade ativa de trabalho em nosso país. De acordo com a International Stress Management Association (ISMA), o Brasil ocupa o segundo lugar com o maior registro de casos de síndrome de esgotamento, afetando 30% dos trabalhadores brasileiros.
Para evitar novos casos, destaco três pilares que o compliance deve utilizar para cuidar da saúde mental dos colaboradores: manter a saúde mental e a parte psicológica seguras, implementar ferramentas de comunicação com a equipe e realizar treinamentos sobre condutas inadequadas.
Uma das formas de as empresas manterem um ambiente saudável é respeitando a jornada de trabalho e os intervalos. Outro ponto importante está relacionado à proteção dos colaboradores contra condutas nocivas, como discriminação e bullying.
No que diz respeito à implementação de ferramentas de comunicação, a equipe de compliance precisa dialogar com os colaboradores por meio de um canal de relatos online que garanta o anonimato da pessoa que faz a denúncia. Além disso, o compliance das empresas precisa investir em treinamentos para as lideranças e colaboradores, pois esse é um pilar que previne condutas inadequadas no ambiente de trabalho.
As pessoas que trabalham e impulsionam uma empresa são ativos valiosos. Portanto, mantê-las em pleno funcionamento, motivadas e engajadas com o desenvolvimento profissional traz benefícios para o negócio. Por isso, é importante que o compliance da empresa direcione sua atenção para a saúde mental e transmita uma mensagem clara à equipe de que o trabalho não deve ser motivo para adoecer.
O que é burnout?
Segundo o Ministério da Saúde, a síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio emocional caracterizado pelos sintomas de exaustão extrema, estresse crônico e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastantes. Além do excesso de trabalho, a pressão diária, a competição e a responsabilidade são fatores de risco que aumentam as chances de ocorrência dessa síndrome nas empresas.
Em janeiro de 2022, o burnout foi incluído na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde como um fenômeno ocupacional. A síndrome do esgotamento é oficialmente reconhecida como uma consequência das práticas de trabalho abusivas que afetam diretamente a saúde mental. Ela se caracteriza pelo sentimento de esgotamento ou exaustão de energia, maior distanciamento mental em relação ao trabalho e redução da capacidade profissional.