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Oportunidades para startups latinas são destaque no Web Summit Rio

América Latina - Startups
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Nos dias 01 a 04 de maio, o Web Summit Rio reuniu empreendedores e investidores em plenárias nos palcos “Venture” e “Startup University” para discutir a maturidade e investimentos no ecossistema latino-americano de startups, além de perspectivas para 2024. Durante o evento, diversos players do ecossistemas destacaram as oportunidades e desafios para as startups na América Latina e discutiram a importância do investimento na região.

Um dos pontos ressaltados pelos especialistas é que os empreendedores latino-americanos não precisam “copiar” modelos europeus ou americanos para construir grandes ecossistemas de startups nos diversos setores. A região tem um grande número de nativos digitais, problemas comuns e grandes a serem resolvidos e investidores bem interessados neste mercado, sobretudo em função de um ambiente de inovação mais maduro e colaborativo. Foi reforçado que a demografia da América Latina oferece uma perspectiva mais segura e positiva para o investimento em negócios em comparação com países como EUA e Japão, que têm um problema de população com idades mais avançadas.

Aron Schwarzkopf, CEO da Kushki destacou os setores de seguros (insurance tech), logística (logtechs), agricultura (agrotech) além do de fintech, que já apresenta um grau de maturidade e investimentos ainda em alta, como promissores nos próximos meses. Eric Acher, cofundador da Monashees acredita que os próximos anos serão melhores do que os pois teremos uma geração mais madura de empreendedores e que os verdadeiros fundos de venture capital seguirão investindo em um mercado mais racional e com ajustes.

A América Latina tem se mostrado um terreno fértil para a criação e desenvolvimento de ecossistemas de inovação. Nos últimos anos, vários países da região têm investido em políticas públicas e programas de fomento à inovação, incentivando o surgimento de startups, aceleradoras e incubadoras de empresas, além de promoverem a interação entre empresas, universidades e governo.

Ecossistemas emergentes são comunidades de startups em estágios iniciais de crescimento. É desta forma que o estudo GSER 2022 conceitua o termo ao listar os 100 ambientes emergentes mais inovadores do mundo. Eles estão de olho no movimento global porque o mapa de calor revela mudanças significativas, ainda que a prevalência seja de ambientes da América do Norte, China e Europa. Juntos, os top 100 emergentes superam o U$ 1 trilhão em valor de mercado, segundo o próprio estudo. São Paulo é o ecossistema da América Latina mais bem ranqueado, ocupando o 28º lugar no global e em conexão.

No caso da América Latina, o ranking aponta Cidade do México (MEX), Santiago/Valparaíso (CHILE), Bogotá (COL) e Rio de Janeiro (BR) entre a centena de potenciais ecossistemas. A Cidade do México se destaca entre os 10 melhores ecossistemas emergentes no mundo com um ou mais unicórnios (empresas que atingem o patamar do U$ 1 bilhão em valor de mercado) e em financiamentos. O que torna a Cidade do México e esses novos pólos tão tentadores aos olhos do mundo empreendedor é justamente a grande variedade de startups em estágio inicial e seu potencial de novas ideias, soluções e modelos de negócios

Outro ponto levantado durante as plenárias do Web Summit Rio foi a internacionalização das startups latinas para outros continentes. A exemplo de algumas Emerging Giants brasileiras como Accountfy (fintech), Solinftech (agtech) e unico (idtech) alguns founders tem considerado expandir suas operações sobretudo para os Estados Unidos e Europa. Como desafios foram apresentadas questões regulatórias em diversos setores e acesso aos investidores estrangeiros, principalmente no que tange à “concorrência” com startups de centros de inovação mais desenvolvidos (como o Vale de Silício) e as barreira linguísticas, sobretudo no domínio da língua inglesa em pitches e negociações com stakeholders.

Quando perguntado ao Andy Young da Kaszek, o que os VCs estão esperando em 2024, ele reiterou – os “financials” serão cada vez mais e criteriosamente analisados e reforçou que os founders devem estar cada vez mais próximos dos seus CFOs (Diretores Financeiros). Além disso, destacou “construam um storytelling cada vez mais atraente sobre os seus negócios para atrair os melhores talentos”.

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