fbpx

A explosão do venture capital na América Latina

Compartilhe

O financiamento de startups nos principais países da América Latina atingiu um recorde em 2021: foram cerca de US$ 15,3 bilhões investidos no período, segundo dados do Trends in Tech produzido pela Associação para Investimentos de Capital Privado na América Latina, ou LAVCA. Investidores de tecnologia despejaram uma quantidade recorde de financiamento, criando uma nova classe de startups de bilhões de dólares em uma região que rapidamente se torna extremamente atrativa para o capital de risco.

Seguindo a tendência de mercados emergentes, em que o crescimento ficou em 128% em relação ao ano anterior, o financiamento na América Latina, cresceu 335%. Para dar uma dimensão do crescimento considerado explosivo, startups latinas atraíram no ano passado mais que o triplo do recorde anterior de US$ 4,9 bilhões em 2019. O financiamento nos principais países atingiu um recorde, liderado pelo Brasil, e as fintechs, startups de serviços financeiros, foram as que captaram mais recursos.

Acompanhando a tendência de forte amadurecimento do mercado, o investimento de risco em startups com uma mulher CEO ou cofundadora vem aumentando desde 2019, atingindo 26% do capital levantado em rodadas divulgadas acima de US$ 1 milhão em 2021. Cinquenta e nove startups lideradas por mulheres na América Latina arrecadaram US$ 4 bilhões em 71 rodadas divulgadas em 2021. O Nubank, de Cris Junqueira, liderou, com US$ 1,15 bilhão arrecadados em duas rodadas antes de sua listagem na NYSE, seguido por Stori (US$ 125 milhões) e PetLove&Co (US$ 145 milhões).

O capital de risco como parcela do investimento total de capital privado também subiu para 54%, comparado a 25% em 2020, indicando maior apetite do investidor que provavelmente está inspirado pelas listagens recordes em 2021 na B3, NYSE e NASDAQ do Brasil, incluindo Nubank, dLocal, GetNinjas e VTEX

O prognóstico para este ano é positivo para o ecossistema na América Latina como um todo. Em janeiro já foram US$ 591 milhões recebidos só pelas brasileiras. O desafio segue sendo diminuir o gap de gênero nesses investimentos. A onda das femtechs, categoria que oferece produtos ou serviços para saúde e bem-estar da mulher, pode ser o motor nessa mudança. O fenômeno chega com força no Brasil, depois de se consolidar em países como Estados Unidos e na Europa. 

Notícias muito animadoras para fundadores e investidores iniciarem 2022!

LEIA MAIS