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GenAI: Que venham as aplicações!

Modelos como ChatGPT, Claude e DeepSeek R1 são apenas a base de uma infraestrutura essencial para esse novo futuro

IA Generativa (Foto: Canva)
IA Generativa (Foto: Canva)

*Por: Thiago Silva, Corporate Development Director do iFood, corporação membro do Cubo Itaú

Mais um SXSW, mais um ano em que a Inteligência Artificial dominou grande parte das discussões. Mas, diferente dos anos anteriores, o momento agora é outro. Pouco se falou sobre novos modelos, alucinações ou o impacto da GenAI no mercado de trabalho. Desta vez, o foco estava onde deveria estar: as aplicações.

A realidade é que modelos como ChatGPT, Claude e DeepSeek R1 são apenas a base de uma infraestrutura essencial para esse novo futuro. Eles não são o fim do caminho, mas o alicerce sobre o qual novas soluções serão construídas — um ciclo já visto em outras revoluções tecnológicas.

O que muda em 2025?

Vários fatores indicam que este será o ano das aplicações. Entre eles:

• Queda nos custos dos modelos: Métodos mais eficientes, como os da DeepSeek, e modelos menores, como o GPT-4o Mini, estão tornando a GenAI mais acessível.

• Multimodalidade integrada: O que antes exigia múltiplas ferramentas — chat, geração de imagens, voz e vídeo — agora pode ser feito em uma única interação.

• Infraestrutura escalável: Empresas como Oracle, Amazon, IBM e Meta investiram pesado para viabilizar essa adoção em larga escala. O mercado de hardware para IA (especialmente GPUs para data centers) saltou de US$ 17 bilhões em 2022 para cerca de US$ 125 bilhões em 2024.

Estamos no ponto de inflexão

Ainda há quem ache que a GenAI já atingiu seu potencial máximo. Mas a verdade é que menos de 5% da população mundial usa essas ferramentas de forma recorrente. Isso significa que estamos apenas no começo. Assim como aconteceu com a computação pessoal, a internet e a cloud, a infraestrutura está sendo consolidada agora, e o grande boom de produtos virá na sequência.

No iFood, já sentimos esse impacto. Hoje, 60% dos atendimentos ao cliente são automatizados com IA, gerando uma economia de quase R$ 100 milhões ao ano. Além disso, investimos em empresas como a Advolve, que revolucionou o retorno sobre investimento em marketing com um produto de Ads end-to-end.

E isto ainda é apenas um vislumbre do que está por vir. E, como diz a famosa frase:

“Existem décadas em que nada acontece, e semanas onde décadas passam.”

2025 promete ser um desses momentos.

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Inaugurado em setembro de 2015 pelo Itaú Unibanco em parceria com a Redpoint eventures, o Cubo Itaú é o mais relevante hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico da América Latina, uma organização sem fins lucrativos que potencializa a conexão e a criação de negócios entre grandes empresas e startups. O Cubo Itaú está sediado na região da Vila Olímpia, em São Paulo, e, por meio de suas plataformas física e digital, contribui com o crescimento das mais de 500 startups curadas que fazem parte de seu portfólio e refletem mais de 25 segmentos de mercado, contemplando, assim, empreendedoras e empreendedores de todo o Brasil e de diversas regiões do mundo. O Cubo também apoia as transformações digital e cultural de corporações que representam as maiores indústrias da economia. Soma-se a isso a presença de uma comunidade dedicada a investidores, além de parceiros estratégicos. Mais informações podem ser encontradas em: https://cubo.network/.