Coluna

Gut feeling x Inteligência Artificial

ilustra inteligência artificial
ilustra inteligência artificial

Ep. 1 – Gut feeling x Inteligência Artificial 

Intro para nosso primeiro episódio

  1. Como podemos lidar com um mundo tão acelerado?
  2. Como fazer para nos adaptar, mas sem perder nossa essência?
  3. Quais ferramentas práticas podemos usar para viver melhor?
  4. Como entender tudo o que acontece no mundo, e na sua vida, sem espanar?

Hum.. não, eu não vou responder essas perguntas. Na verdade, eu me faço elas todos os dias e comecei a escrever como um tipo de terapia para ver se consigo uma forma de encontrar essas respostas. 

Pra dar um contexto, essa coluna tem como objetivo ser nossos 5 minutos de reflexão para juntos descobrirmos como viver melhor num mundo tão acelerado.  

Bom, não dava para começar esse projeto sem falar do hype do momento.

Reflexão do dia

Vamos imaginar um mundo hipotético. A AGI (Inteligência Artificial Geral), a superinteligência que deixaria Einstein com inveja, estará ao nosso total dispor. Lembra na época das provas na faculdade que você sonhava em poder absorver todo o conteúdo do mundo para não precisar estudar? É tipo isso. Ela terá toda a informação do mundo para analisar, ponderar e produzir conclusões mega ultra embasadas. E aí, surgiu a questão que não sai da minha cabeça desde o início do hype: será que mesmo com esse cérebro digital com superpoderes à nossa disposição, nossa voz interior, o tal “gut feeling”, ainda terá alguma palavra sábia a dizer? Bora refletir aqui. 

Voltando do mundo hipotético pro planeta terra. Aqui existe o reino dos negócios, no qual a batalha entre a lógica e a intuição é tão épica quanto um duelo entre Gregos e Troianos. 

Você conhece a história do Airbnb? Uma ideia que surgiu da mente de Brian Chesky e Joe Gebbia. Estava rolando uma grande conferência em São Francisco e os caras estavam precisando de grana. Foi aí que a voz interna bateu na porta deles sugerindo: “E aí, turma, e se alugarmos uns cômodos do apê para alguns desses viajantes?”. Vamos ser honestos aqui, quem apostaria que um negócio desse poderia escalar pro tamanho que os caras chegaram? Quem pensaria que diversas pessoas estariam dispostas a alugar todos os tipos de acomodações para um estranho? A lógica: “Ninguém.” Mas eles seguiram o gut feeling e criaram o Airbnb. O resto é história. 

Agora, vamos viajar pro outro lado do mundo. Se você tivesse todo o dinheiro disponível para investir num console, você apostaria num videogame com ultra-realismo ou em um com gráficos mais básicos? E se eu te dissesse que seus concorrentes eram o Xbox 360º e o Playstation 3? A resposta aqui é meio óbvia, né? Não para a Nintendo.  Em uma época onde a concorrência lançava consoles com gráficos cada vez mais realistas, a Nintendo decidiu criar o Wii, com controles de movimento e gráficos mais simples. O que dizia a intuição deles? “Ai, turma, as pessoas de todas as idades querem se divertir! Não precisa fazer um monte de gráfico realista aí não. Bora criar uma experiência mais imersiva, juntar a família toda na sala e vender milhões de unidades!”. Muitos duvidaram, mas o Wii se tornou um sucesso estrondoso, e sim, vendeu mais de 100 milhões de unidades.

E por último, vamos voltar pro Brasil. Por aqui uma fintech decidiu abrir suas portas indo praticamente contra toda a lógica de mercado. Imagine você no auge dos seus 25 anos. Você iria pra cima dos bancões? Ousaria nadar em um oceano completamente inundado de tubarões? Ou usando a analogia do primeiro investidor que a Conta Simples tentou captar recursos: “Vocês estão entrando num ringue de boxe. É um mercado que é só pancadaria, que tem muita gente grande e vocês ainda são magrinhos.” Bom, só sei que mesmo magrinhos, a empresa entrou no ringue e hoje é líder no mercado de gestão de despesas corporativas, captou mais de 150 milhões de reais, tem mais de 23 mil clientes ativos e deve terminar 2023 transacionando mais de 16 bilhões de reais. 

Então, penso eu, enquanto as máquinas buscarem responder as perguntas apenas de forma lógica, continuará existindo espaço para um ingrediente, essa voz interior teimosa, que diz: “Cara, eu não consigo explicar o porquê, mas sinto que está certo. Só vai!”. E é aí que nós, humanos, continuaremos sendo mestres na dança da lógica e intuição, criando um espetáculo que nenhuma IA pode replicar. 

Por fim, nesses cantos inesperados do mundo dos negócios, a intuição teve seu papel de protagonista. São histórias que nos lembram que, às vezes, é bom ouvir aquela voz que nos sussurra coisas estranhas e fora do comum. É como ter uma bússola interna que aponta para ideias que podem parecer loucas no começo, mas que podem se transformar em oportunidades incríveis. Então, voltando à questão inicial, o tal “gut feeling”, ainda terá alguma palavra sábia a dizer? Se depender da minha humilde opinião, com certeza! 

Garimpo

Hoje vou deixar um texto que você PRECISA ler sobre o tema:

The AI Revolution: The Road to Superintelligence por Tim Urban

Cara, este texto vai te deixar preso na cadeira até terminar. O Tim Urban é um gênio, mas aqui ele se superou. No texto, ele mergulha na história, no presente e no futuro da IA, abordando questões éticas e complexas. 

“O que ganho lendo esse texto, Guto?”: Expandir sua compreensão sobre a inteligência artificial e o potencial revolucionário que ela possui.

Pergunta do dia

Seja honesto!

A inteligência artificial vai substituir o seu emprego? Por quê?

Recomendação: Crie um diário para responder às perguntas da coluna. O app Dayone é excelente pra isso. 

Continuem inspirados,

Guto