Chega o fim de ano e as expectativas naturalmente aumentam, ao lado dos questionamentos e reflexões sobre o período que se encerra. Como estarão os negócios de bem-estar e saúde, sobretudo geridos por mulheres, em 2024? E qual o balanço que podemos elaborar sobre o setor este ano?
Ora, partimos de um patamar bastante positivo. Só para vislumbrar um panorama com dados tangíveis, vejamos os números do Global Wellness Institute (GWI), organização autodenominada sem fins lucrativos sediada em Miami: o negócio de wellness global gerou receita de US$ 5,6 trilhões em 2022, de acordo com recente relatório divulgado pelo instituto.
Mais: até 2027, é esperado crescimento de 57%, atingindo US$ 8,5 trilhões. Há dez anos, o faturamento do setor era de US$ 3,4 trilhões. Há espaço para todos e todas nesse vasto campo, que queiram alavancar e criar empresas convencionais e startups com foco nas diversas atividades direcionadas não apenas ao público feminino, como spas, hotéis boutique, turismo de luxo, centros de estética e medicina, academias de ginástica, clínicas especializadas em nutrição, tratamento e acompanhamento da menopausa, entre outras.
Na verdade, o wellness abrange ampla gama de negócios. Na visão do GWI, essa indústria encampa a “busca ativa de atividades, escolhas e estilos de vida que levem a um estado de saúde holística”.
De acordo com o estudo da GWI, hoje, os norte-americanos estão no topo quando se trata de gastos com bem-estar. Por pessoa, a despesa atinge US$ 5.108 por ano, muito acima dos US$ 1.596 de cada cidadão na União Europeia.
Para a consultoria McKinsey, o mercado de bem-estar é um dos que mais crescem no mundo, especialmente no pós-pandemia, movimentando mais de US$ 1,5 trilhão, com projeção de aumento anual de 5% a 10% até 2030.
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Ao fechar 2023, exemplo prático e inspirador nesse cenário surge da Goop, da empresária e (atualmente) ex-atriz Gwyneth Paltrow, de 51 anos, CEO da empresa desde 2017. A Goop detém uma trajetória meteórica – como a própria Paltrow classifica – na área wellness. A Goop buscou investimentos da ordem de US$ 75 milhões para seu primeiro fundo no início deste ano, ostentando forte expansão.
Em outubro, a empresa celebrou o 15º aniversário com mais de 170 funcionários, agrupando marcas e linhas de bem-estar, saúde e beleza, roupas, vitaminas e produtos para a saúde sexual, um podcast bem-sucedido, dois programas na Netflix, além de uma rede de restaurantes na Califórnia, franquia
de eventos e até um cruzeiro. É um império que pode parecer distante, mas tem tudo a ver com a fantasia bem feita e vendida com excelência em Hollywood.
Para nós, empreendedoras brasileiras, essa e outras tantas histórias de sucesso lá de fora (como a Elektra Health; a Maven Clinic e a Joylux) só nos fazem ter ainda mais certeza de que o futuro é feminino, e será vasto e abundante para as femtechs!
Por isso, agora é a hora certa de sonhar, planejar e fazer todos os cálculos necessários para iniciar o novo e próspero ciclo com pés firmes no solo e visão altiva no horizonte. Feliz 2024!
