
*Por Stenyo Lago, CPO da Conta Simples
Nos últimos anos, o que era um privilégio apenas de grandes corporações, agora está ao alcance de PMEs (Pequenas e Médias Empresas) e, principalmente, das startups: a tecnologia financeira. Essas ferramentas digitais, antes conhecidas por serem caras, complexas e limitadas às equipes de TI (Tecnologia da Informação), saíram da bolha tech e, hoje, são protagonistas para as finanças dessas organizações.
Muito impulsionadas pelas fintechs, as soluções baseadas em IA (inteligência artificial), automação, análise preditiva de dados e gestão de despesas passaram a estar disponíveis para negócios de todos os portes. É um verdadeiro processo de democratização, que ajuda a tornar o dia a dia dos times financeiros — muitas vezes menores e com budgets rasos — mais simples, estratégico e integrado.
Com a digitalização do setor, processos que antes eram manuais e demorados, como a emissão de boletos e a gestão de cobranças, podem ser automatizados com poucos cliques. As empresas são capazes de monitorar, registrar, categorizar e controlar despesas de forma eficiente, integrando contas, cartões de crédito corporativos e meios de pagamento. O resultado é a economia de tempo e recursos, a redução de erros humanos e uma visão 360º das finanças do negócio.
No mercado, já podemos observar esses impactos. Um estudo da McKinsey & Company, por exemplo, revela que a automação pode diminuir em até 20% os gastos administrativos.
Saudabilidade financeira, crescimento sustentável
Mais do que facilitar a rotina administrativa, a tecnologia financeira abre espaço para o crescimento sustentável de startups e PMEs. As empresas conseguem prever cenários, identificar gargalos e oportunidades, planejar investimentos e tomar decisões baseadas em inteligência de dados, não apenas em intuição.
Isso é essencial para manter uma saudabilidade financeira, que permite a essas organizações competir com grandes players. As ferramentas de análise avançada, automação e personalização dão lugar a uma gestão proativa, de forma que os negócios se tornem mais resilientes e preparados para se adaptar a um contexto de mudanças rápidas e alta competitividade.
Usar a tecnologia financeira para aumentar a eficiência operacional, escalar operações e responder a transformações não é mais um cenário do futuro; é uma realidade concreta, que acompanha o ritmo e a complexidade das empresas que miram em um crescimento acelerado.