
*Por Stenyo Lago, CPO da Conta Simples
Não é raro vermos notícias de escândalos financeiros nos dias de hoje, seja por mal uso de cartões corporativos, rombos no caixa ou má gestão. A falta de controle das finanças ainda é comum em várias empresas e instituições brasileiras, desde as mais tradicionais até as esportivas. Não dar tanta atenção ao tema pode parecer inofensivo em um primeiro momento, mas com certeza leva a deslizes que comprometem não só a saúde financeira, mas a própria reputação das organizações.
Tudo começa por conta dos processos financeiros do dia a dia, que nem sempre são realizados com as tecnologias adequadas para os dias atuais. Há times que ainda usam planilhas e cadernos para diversas operações, práticas que dificultam a vida do gestor em todos os sentidos. No final, a liderança acaba tendo uma visão pouco estratégica das contas da empresa, cheia de ruídos e com pouca clareza.
Para evitar o microgerenciamento e dar às equipes autonomia e confiança para organizar as atividades do setor, é preciso eliminar todos os elementos que criam o ambiente ideal para falhas, desperdícios e até mesmo desvios. É aqui que entram as soluções tecnológicas. Com a automação e a visibilidade em tempo real do financeiro, a organização e inteligência operacional é mantida, permitindo a tomada de decisões estratégicas. Isso não só favorece a jornada de crescimento da empresa, como contribui para a identificação precoce de irregularidades.
Tecnologia como ferramenta de governança e prevenção
Hoje, já existem plataformas especializadas em gestão de despesas corporativas, integradas, que trazem uma nova capacidade de controle e transparência. Os próprios cartões corporativos inteligentes nunca estiveram tão em alta, oferecendo praticidade e agilidade para gastos institucionais.
O Panorama reforça que empresas que adotam softwares tecnológicos economizam até nove horas semanais na gestão de despesas e aumentam significativamente a eficiência dos times financeiros. Essas tecnologias ajudam a estabelecer fluxos de aprovação claros, com diferentes níveis de autorização para cada tipo de despesa. Além disso, a centralização das informações em um único painel facilita o acompanhamento dos gastos por departamento, projeto ou centro de custo, enquanto a automatização de processos reduz a possibilidade de erros manuais e fraudes.
Mais do que adotar uma nova ferramenta, esse tipo de tecnologia traz uma abordagem proativa e baseada em dados, em que as instituições podem mitigar riscos e evitar problemas financeiros. A longo prazo, isso previne crises e fortalece a cultura de compliance.
Impactos em potencial
Dados do Budget Trends 2025 apontam que 52% das empresas projetam um aumento nos custos para este ano e cerca de 29% delas ainda não conseguem apurar gastos variáveis diretos com precisão. Esses números reforçam que a digitalização da gestão financeira não é mais uma opção, mas uma necessidade.
A capacidade de antecipar cenários, controlar despesas e gerar relatórios detalhados é fundamental para que as organizações se mantenham competitivas e protegidas. Evitar escândalos e garantir a saúde das finanças está diretamente relacionado com a decisão de modernizar os processos de gestão de despesas.
A tecnologia não apenas simplifica rotinas, mas também protege patrimônios e reputações. Mais do que controlar melhor os gastos, estamos falando de promover uma cultura de responsabilidade financeira.