Coluna

<strong>Inovação em cibersegurança: um tema central para 2023</strong>

Foto: Canva
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Não é novidade que a pandemia acelerou o processo de digitalização nas organizações e entre as pessoas. Todavia, os avanços trouxeram uma consequência indesejada: o aumento no número de ataques cibernéticos. No primeiro semestre de 2022, foram registradas 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a empresas no Brasil, número 94% superior ao mesmo período de 2021, segundo um levantamento da Fortinet.

O valor impressiona e a abrangência também. Vimos empresas de grande porte serem vítimas de hackers recentemente, o que acendeu o sinal de alerta de que ninguém está 100% protegido. Em agosto de 2021, alguns sistemas da Renner saíram do ar por três dias após um episódio com um ransomware (sequestro digital) que derrubou softwares das lojas físicas, site e aplicativo de e-commerce. Dois meses depois, a CVC foi vítima deste mesmo tipo de crime e teve suas vendas paralisadas por algumas semanas, o que causou grandes impactos financeiros: o balanço anual de 2021 apontou queda de 12,8% no terceiro trimestre. Já em novembro, foi a vez do iFood sofrer nas mãos dos cibercriminosos, com uma invasão que trocou os nomes dos restaurantes do aplicativo de entregas por ofensas políticas.

Neste cenário, é preciso olhar para as boas práticas do mercado, com o objetivo de inovar para melhorar a cibersegurança no país, reparando vulnerabilidades e minimizando as oportunidades para novos episódios. Uma boa referência mundial neste sentido é Israel, que possui empresas reconhecidas globalmente pelo desenvolvimento de soluções pioneiras para o segmento, em áreas como firewall e segurança de rede, autenticação, criptografia, DLP, sistemas antifraude, dentre outras.

Apenas em 2013, o país teve exportações relacionadas à cibersegurança no valor de US$3 bilhões, uma soma que responde por 5% do mercado global de segurança de Internet (que totaliza, aproximadamente, US$60 bilhões). Dentre as iniciativas que fazem com que esta relevância global seja possível estão: parcerias entre empresas e o governo, grande número de engenheiros com treinamento militar anti-terrorismo online e os investimentos feitos em desenvolvimento e pesquisa.

Cibersegurança no Brasil

No Brasil, também há empresas que vêm se destacando. Alguns players têm conseguido oferecer soluções inovadoras, inclusive com tecnologia desenvolvida localmente. Um indicador que mostra este avanço é o salto da 71ª para a 18ª posição no ranking mundial de cibersegurança de 2022, organizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). A análise avaliou 194 nações e, contando apenas as Américas, ocupamos a terceira colocação.

Uma das referências nacionais no assunto é a ISH Tecnologia, classificada como a 34ª maior empresa de serviços gerenciados de segurança do mundo e a única 100% brasileira no top 50 segundo o ranking anual da MSSP Alert, que avalia o faturamento e o crescimento dos players do setor. No mercado desde 1996, é atualmente uma das empresas de TI que mais crescem no país, sendo líder brasileira nos quadrantes de serviços estratégicos, serviços técnicos e serviços gerenciados de acordo com o estudo ISH Provider Lens, da companhia francesa ISG.

A importância da inovação para a evolução da cibersegurança

Um dos fatores que promovem o sucesso da ISH é a existência de uma diretoria de inovação, focada em obter resultados mensuráveis por meio de uma estratégia de desenvolvimento de produtos próprios. Além disso, buscam o engajamento dos colaboradores nos temas de inovação em todos os níveis e áreas da companhia, inclusive com uma premiação voltada para isso, o Prêmio Super Inovação ISH, que vem promovendo uma cultura de inovação cada vez mais forte. Segundo Allan Costa, VP da ISH, “isso é inovação: gente engajada gerando resultados extraordinários e criando formas de melhorar a vida das pessoas”.

O momento pede que a cibersegurança evolua – no Brasil e no mundo. E, apesar dos avanços que já obtivemos, é importante seguir progredindo e inovando, pois ainda não atingimos um grau de maturidade elevado no assunto, conforme constatou a 3ª Pesquisa de Cibersegurança da Tempest. Estamos atrás em termos de velocidade de migração para novas tecnologias, orçamento e maturidade de gestão e governança do tema. A boa notícia é que temos bons exemplos para seguir e contamos com empresas nacionais de destaque que podem fazer a diferença. 

Que possamos aprender estas lições para evitar mais ataques no futuro!