A BRLA Digital, fintech que atua com pagamentos cross-border e infraestrutura cripto, acaba de levantar R$ 3 milhões em sua primeira rodada de captação. Participaram do pré-seed a Coins, exchange filipina chefiada por Wei Zhou (ex-CFO da Binance); Rodrigo Benez, investidor de digital assets que fundou a primeira stablecoin do Brasil na SimpliPay, entre outros investidores.
Segundo a fintech, a grana chega no momento de alavancar a operação no Brasil. “A maior parte do investimento será destinada para tecnologia, integrando novas features, novas moedas e produtos de investimento atrelados a nossas soluções. Adicionalmente, faremos investimentos em growth para atrair novas companhias clientes”, afirma Matheus Moura, CEO da BRLA Digital, em conversa com o Startups.
Atualmente, a fintech atua com a oferta de infraestrutura financeira e de pagamentos cross-border – em conformidade regulatória – para empresas “crypto-friendly” locais ou do mercado internacional que buscam oportunidade no mercado brasileiro. Para isso, desenvolveu uma stablecoin vinculada ao real (BRLA Token) com o objetivo de fornecer um mecanismo econômico e estável para usuários e empresas acessarem o universo dos criptoativos.
“O Brasil tem se destacado globalmente por sua legislação favorável ao mercado cripto e por projetos disruptivos como o DREX. Isso atrai a atenção de muitas empresas de fora para o país e acreditamos que nossa solução funciona como ponte para conectar essas companhias com o nosso mercado. Temos uma grande avenida de crescimento”, acrescenta Leandro Noel, CSO, da fintech.
Desafios à parte
A BRLA Digital foi fundada em 2022 impulsionada pela crescente visibilidade do Brasil no cenário de criptoativos, principalmente pela agenda regulatória avançada e positiva. Segundo Matheus, CEO, o primeiro desafio enfrentado foi entender a tecnologia e a conformidade regulatória, para que ambas conversassem.
“Passamos cinco meses apenas explorando toda a tecnologia e principalmente a conformidade regulatória antes de dar o kick-off de fato. O nosso próximo desafio foi trazer o primeiro cliente, algo que esperávamos conquistar em seis meses, mas que conseguimos em dois, o que nos ajudou muito a evoluir a solução”, conta Matheus.
Com o gás que o aporte vai dar ao negócio, a BRLA Digital projeta chegar a pelo menos 30 clientes, em 2024, (hoje ela atende cinco) e transacionar mais de R$ 100 milhões por mês.