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O Mercado Bitcoin (MB), plataforma de negociação de criptomoedas e ativos alternativos com 3,8 milhões de clientes, acaba de receber autorização do Banco Central (BC) para se tornar uma instituição de pagamento (IP), na modalidade emissor de moeda eletrônica — que permite gerir contas de pagamento pré-pagas.

De acordo com o despacho publicado na sexta-feira (2) no Diário Oficial da União, a IP do MB nasce com um capital social bastante relevante, de R$ 62,6 milhões, e tem como controladores Gustavo Dornellas Tabbal Chamati, Maurício Dornellas Tabbal Chamati, Reinaldo Rabelo de Morais Filho e Roberto Dagnoni.

Na prática, o MB avança em serviços financeiros para além da criptoeconomia, com o lançamento do que chama de MB Pay (antigo Meubank), uma conta digital integrada ao ecossistema da plataforma de criptoativos que, além das transações básicas de uma conta de pagamentos, terá um cartão nos próximos meses.

“Nosso objetivo é elevar a experiência financeira das pessoas oferecendo uma solução que combina a potência dos criptoativos com os serviços financeiros tradicionais”, diz Roberto Dagnoni, CEO global do MB, em nota à imprensa.

A concorrência se movimenta

O MB não é o primeiro player no universo cripto a obter a licença de IP e, assim, ingressar no mercado tradicional de serviços financeiros e de pagamento. Em março, a exchange mexicana Bitso recebeu autorização do BC para operar como IP, nas modalidades emissor de moeda eletrônica e de instrumento de pagamento pós-pago (por exemplo, cartão de crédito).

Outras companhias com atuação no segmento, como Crypto.com e Cloudwalk, já possuem a licença de IP. O portal parceiro Blocknews informou, em novembro do ano passado, que a exchange argentina Ripio também aguarda a aprovação do regulador para serem instituição de pagamento no mercado brasileiro.

Enquanto isso, no conselho…

Em outro movimento, para reforçar sua intersecção com o mercado financeiro tradicional, o MB criou um conselho consultivo que vai contar com três profissionais que fizeram carreira em finanças tradicionais, sendo um deles Murilo Portugal, que já foi presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O outro é Tito da Silva Neto, ex-presidente do Banco Itamarati, e completa o quadro Annalisa Blando, fundadora da gestora de ativos e investimentos ParMais, vendida em 2021 para a 2TM, holding controladora do MB.

Além disso, a companhia criou o Comitê de Pessoas e o Regulatório, tema que é central na agenda de empresas de criptoativos com a lei 14.478/22. A lei entra em vigor no próximo dia 20 e a indicação do órgão regulador – o que está na mão do Executivo – vai se acelerar o detalhamento das discussões da regulação do setor no país.

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