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O ETF Bitcoin da gestora brasileira Hashdex recebeu aprovação inédita da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), nesta quarta-feira (10), para negociação no mercado à vista, também chamado de spot.

O fundo já era negociado na Bolsa de Nova York (NYSE) no mercado futuro e agora será um dos primeiros ETFs de criptomoedas a operarem com transações imediatas.

Havia grande expectativa no mercado pela aprovação dos pedidos de gestoras para o lançamento de ETFs de Bitcoin. Na terça-feira, uma publicação na página da SEC havia informado que os pedidos tinham sido aprovados, mas instantes depois a autarquia negou a informação, alegando que se tratou de um ataque hacker, que publicou uma informação falsa.

O anúncio oficial da aprovação veio finalmente na noite desta quarta-feira. Com isso, o Hashdex Bitcoin Futures ETF (DEFI) vai converter sua exposição em futuros e passará a se chamar Hashdex ETF Bitcoin (DEFI), adquirindo Bitcoin à vista através de operações na bolsa de Chicago (CME). A Hashdex foi a única gestora brasileira a receber a autorização.

Para Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, a disponibilidade de ETFs de Bitcoin Spot amplia o acesso do investidor de varejo às criptomoedas e representa um passo significativo em direção à aceitação generalizada do Bitcoin como parte do universo de investimentos tradicionais.

“Mais que um grande avanço regulatório nos EUA, o lançamento do ETF Spot de Bitcoin representa uma conquista para todo o ecossistema de ativos digitais. Estamos contentes em participar deste momento histórico e mais uma vez podemos afirmar que a Hashdex está na vanguarda global do mercado de fundos regulados de cripto”, comentou Marcelo.

O que são ETFs?

O Exchange Traded Fund (ETF) é um fundo negociado em Bolsa que busca refletir as variações e a rentabilidade de determinados ativos.

Por exemplo, os ETFs de índices, como o Ibovespa, refletem a variação desse índice de ações. Mas há também os ETFs de moedas, como o dólar, cujas carteiras teóricas são compostas, majoritariamente, por ativos ou derivativos de câmbio.

Até esta quarta-feira, o Bitcoin só podia ser negociado na Bolsa de Nova York por meio de ETFs futuros. Ou seja, fundos com exposição aos movimentos de preço da criptomoeda nos contratos futuros.

Com a aprovação concedida pela SEC, as gestoras também poderão oferecer ETFs que refletem as variações da moeda digital no mercado à vista, como acontece com os demais fundos.

Em comunicado, a Hashdex informou que a introdução do ETF de Bitcoin Spot na bolsa americana representa um marco histórico no ecossistema de investimentos, especialmente para os investidores profissionais e institucionais.

“Até o momento, a ausência de um veículo de investimento que atendesse completamente às exigências regulatórias e que fosse compatível com os sistemas de gestão desses investidores colocava o Bitcoin (e todo o mercado cripto) em uma situação de indefinição quanto à alocação de recursos”, explicou a empresa.

Fundada em 2018, a Hashdex está presente nos Estados Unidos e em quatro países da Europa, além do Brasil, e é atualmente a maior gestora de cripto da América Latina (com produtos no Brasil e Chile).

No Brasil, possui o segundo maior ETF da B3 em número de cotistas, o HASH11. A empresa também co-desenvolveu o Nasdaq Crypto Index, com o objetivo de fornecer a investidores globais um índice confiável para a classe de ativos de criptomoedas.

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