Eis que surge mais um personagem pedindo arrego na novela mexicana “Treta da 123milhas”: a Maxmilhas. Relembrando, o drama envolve o não comparecimento da 123 à CPI em que deveria dar satisfações sobre a suspensão da emissão de passagens de sua linha promocional, seguido de um pedido de recuperação judicial.
Pois bem, a operadora do mesmo grupo da 123milhas agora pede ajuda para não quebrar, depois de negar, quando a polêmica veio à tona, que tinha algo a ver com a história. A companhia vinha alegando que tinha investidores em comum com a agência de viagens, mas que operava separada.
A Maxmilhas pediu nesta quinta-feira (21), ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), para ser incluída no pedido de recuperação judicial da 123milhas, indicando uma dívida de R$ 226 milhões. Segundo a empresa, os efeitos no mercado de agências de turismo online “decorrentes da reestruturação da 123milhas” justificam o pedido.
“Ainda que a Maxmilhas tenha uma operação independente, o mercado de agências de turismo online tem sido bastante impactado, o que vem dificultando significativamente a capacidade financeira da Maxmilhas”, diz a empresa em comunicado.
No entanto, a companhia ressaltou que não haverá a suspensão de produtos, nem o cancelamento de passagens e reservas de hospedagens. A empresa informa ainda que não há nenhuma pendência trabalhista entre os débitos contemplados no pedido de recuperação judicial.
Novos capítulos
A novela parece estar longe de chegar ao fim. Na quarta-feira (20), a Justiça chegou a suspender provisoriamente a recuperação judicial da 123milhas, atendendo a um pedido do Banco do Brasil, credor da empresa.
Segundo a instituição financeira, os documentos apresentados pela 123milhas no pedido de recuperação judicial não observaram as “prescrições legais aplicáveis, que asseguram aos credores, stakeholders, Ministério Público e demais interessados na RJ o conhecimento necessário e suficiente das informações gerenciais, econômicas e financeiras da empresa”.
O pedido de recuperação judicial da 123milhas também se estende a outras marcas que pertencem aos mesmos donos, como a HotMilhas e a Novum, com um valor total de causa estipulado em R$ 2,3 bilhões.