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A Lina, infratech provedora de tecnologia de compartilhamento de dados e serviços, captou R$ 8 milhões em sua mais recente rodada de investimentos. O aporte foi liderado pela gestora MSW Capital, por meio do fundo MSW MultiCorp2, que conta com BB Seguros, Baterias Moura, AgeRio e Embraer como investidores.

Fundada em 2020 com o objetivo de ser o “braço” de Open Finance  (Banking, Insurance e Investment) de importantes instituições financeiras e seguradoras, a startup oferece soluções de infraestrutura, conectividade e inteligência para apoiar seus clientes em todas as necessidades relacionadas ao ecossistema de compartilhamento de dados e serviços do Open Finance. Utilizando tecnologia própria, a companhia já é parceira estratégica de grandes instituições como B3, RTM e TecBan.

“A ideia é empoderar as instituições permitindo que elas compartilhem os seus dados e consumam os dados de outras instituições de forma segura e de acordo com a regulamentação”, afirma Alan Mareines, cofundador e CEO da Lina, em conversa com o Startups.

Há cerca de três meses, a infratech recebeu a autorização do Banco Central para atuar como instituição de pagamento (IP), na modalidade de iniciador de transação de pagamento (ITP). Esse é o primeiro passo para que o serviço seja lançado pela infratech, o que deve ocorrer nos próximos meses. “Como ITP, poderemos prover a entrada de instituições que ainda não estão no escopo do Open Finance e Open Insurance. A Lina será a porta de entrada de bancos e seguradoras que estiverem interessadas em usar dados para melhorar a sua tomada de decisão”, explica o executivo.

Investidores estratégicos

A startup já havia captado R$ 7,5 milhões com a RTM em meados de 2022. Agora, com o cheque da MSW, a prioridade é investir em pessoas e produtos. “A Lina nunca procurou ativamente por recursos. A ideia sempre foi encontrar um parceiro que tivesse a mesma visão estratégica que temos para o mercado de Open Finance e Open Insurance. Conversando com a MSW, vimos que esse investimento aliaria não só o capital, mas também a visão de futuro dos investidores em relação a esse ecossistema de compartilhamento”, diz Alan. A projeção, segundo o CEO, é ao longo de 2024 aumentar em 50% a equipe e em 75% a receita. 

Bruno Alves, diretor de estratégia e tecnologia da BB Seguros, destaca o potencial da Lina de apoiar empresas a se prepararem para o ambiente Open. “A Lina está próxima do que acreditamos ser o futuro do mercado segurador, contribuindo para a expansão do Open Finance e do Open Insurance e apoiando o crescimento do mercado segurador no Brasil, que hoje ainda é relativamente concentrado, mas com muito potencial. A startup se posiciona como um grande parceiro para gerar oportunidades que atualmente, pelos meios tradicionais, não conseguem avançar no mercado”, afirma.

De acordo com o executivo, a BB Seguros, holding que concentra os negócios de seguros do Banco do Brasil, tem buscado formas impulsionar a inovação em seu ecossistema, contando com o corporate venture capital como uma das estratégias para este movimento. “Neste processo, é fundamental nos associarmos a especialistas para nos ajudar a encontrar as melhores oportunidades não apenas de investimento, mas principalmente de oportunidades para expandir os nossos negócios e fazer coisas diferentes do que uma seguradora tradicional esteja acostumada a fazer. A Lina vem justamente nessa esteira”, pontua.

A Lina é primeira insurtech investida pelo fundo da MSW, e a 5ª startup a receber um cheque do MSW MultiCorp 2. No último ano, o veículo de investimentos aportou recursos em empresas nos setores aeroespacial, de logística, robótica e energia. Em 2024, o fundo visa ampliar sua atuação em 2024 nesses e em outros mercados. 

“Vamos continuar investindo, mas também estamos em fase de fundraising também. O MultiCorp 2 tem o benefício de trazer outras corporações e ir incorporando suas teses. Estamos em conversas avançadas com algumas empresas e estaremos focados nisso daqui para frente, além de realizar novos investimentos e trabalhar com as investidas, pois já temos uma carteira bastante interessante que podemos ajudar a desenvolver”, afirma Richard Zeiger, sócio da MSW Capital.

O MSW MultiCorp 2 foi lançado em junho de 2022, com a expectativa de investir R$ 100 milhões em negócios de inovação ao longo de cinco anos. O mais recente cotista a ingressar no fundo é a Embraer, que em janeiro de 2023 investiu R$ 20 milhões para se juntar aos já investidores Baterias Moura, BB Seguros e Age-Rio. Com a nova participante, o fundo ampliou o seu escopo de interesse, passando a olhar para startups de soluções digitais e de plataforma para os setores aeroespacial, agtechs e cargo-logística, além das insurtechs e energytechs.

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