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Na corrida pela inteligência artificial, a parceria com startups tem sido a estratégia utilizada por empresas para ganhar velocidade. É o caso da Zendesk, que lançou recentemente um fundo de corporate venture capital (CVC) focado exclusivamente em empresas de IA com soluções para customer experience (CX). Com seis empresas em seu portfólio, dinheiro não parece ser problema para a Zendesk Ventures, que tem “dezenas de milhões” de dólares para investir, segundo Ben Barclay, vice-presidente sênior de Estratégia, Desenvolvimento Corporativo e Transformação da Zendesk.

Em entrevista exclusiva ao Startups, o executivo conta que o momento é de construir relacionamentos com essas startups para fazer deals que façam sentido para a companhia. “Estamos no início do novo ciclo de startups e o funding tende a seguir esses movimentos. Nós chegamos cedo nesse ciclo e esperamos estabelecer boas relações com empreendedores para trazer inovação aos nossos clientes”, afirma.

O valor médio dos cheques varia de US$ 500 mil a US$ 1 milhão. Além do capital, a Zendesk Ventures oferece acesso a especialistas em CX e IA, oportunidades de parceria estratégica para acelerar o crescimento e a inovação, bem como a oportunidade de fazer parte do Zendesk Marketplace, hoje com mais de 1.300 aplicativos.

Atualmente, o CVC investe na plataforma de inteligência conversacional Observe.AI, no fornecedor de software de gerenciamento de serviços de campo Zuper, na empresa de soluções digitais para o setor de hospitalidade Alliants, e na startup de AI Analytics GoodData. Além disso, foram anunciados na semana passada dois novos investimentos.

O primeiro é a PolyAI, uma solução focada em voz, que permite que os clientes Zendesk lidem com interações complexas, como rastreamento de pedidos e atualizações de entrega, interagindo com o robô como se fosse uma conversa humana. E o segundo é a unitQ, plataforma de feedback de clientes baseada em IA, que permite que as empresas coletem e analisem com eficiência as interações e feedbacks dos clientes em uma variedade de mais de 60 fontes, identificando rapidamente a causa de possíveis problemas no atendimento e, ao mesmo tempo, melhorando o Net Promoter Score (NPS).

Para Ben, o que faz de uma startup uma forte concorrente a receber o investimento é ser alinhada com as missões da Zendesk, incorporar IA no desenvolvimento das soluções, e ter entusiasmo para trabalhar com a companhia. O perfil buscado é de startups early e mid stage, de qualquer lugar do mundo.

“Boas ideias podem vir de qualquer lugar. O Brasil é o nosso segundo maior mercado em número de clientes, então naturalmente já começamos a olhar empresas que têm operação ou sede no país”, diz.

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