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A Fuse Capital vai lançar neste primeiro trimestre o segundo fundo da casa, focado em startups de blockchain. Depois de dois anos de “enxugamento de liquidez” no mercado, o sócio-fundador da gestora, Dan Yamamura, acredita que o pior já ficou para trás, e que o apetite a risco dos investidores está voltando, ainda que de forma cautelosa.

Em entrevista ao Startups, Dan contou que o momento é particularmente favorável aos investimentos em blockchain no Brasil. Isso se deve em parte ao início dos cortes nas taxas de juros pelo Banco Central, mas também pelo lançamento do Drex, que oferecerá novas oportunidades nesse mercado. Esse contexto, somando a um ambiente global mais otimista, faz com que as perspectivas para o venture capital no país sejam positivas, apontou o sócio da Fuse.

“O pânico já passou. Nós passamos por um enxugamento de liquidez do mundo que está começando a rodar para o outro lado. As torneiras dos Estados Unidos e Europa estão começando a pingar de novo, e quando pinga lá em cima, começa a pingar aqui em baixo”, disse Dan.

Para 2024, a gestora planeja fazer o primeiro closing do segundo fundo, focado em Web 3. Com isso, a ideia é consolidar a Fuse como uma gestora especializada nesse segmento. Segundo Dan, a busca será por startups que estejam posicionadas em uma tese que ele chama de Web 2.5, que é o uso do blockchain (Web3) para trazer melhorias para o mundo tradicional.

O objetivo é investir em cerca de 20 empresas ao longo do tempo, ou 10 startups nesse primeiro momento. A preferência é por empresas que tenham o mercado brasileiro como prioridade. “Pode até ser que a empresa vire global depois, mas a nossa expertise é ajudar essas empresas a escalar aqui no Brasil primeiro”, explicou.

Para Dan, o objetivo com esse segundo fundo é “surfar a onda da criação de produtos para o Drex”. Com a experiência do primeiro fundo da casa, que já tinha em seu portfólio empresas de blockchain, a Fuse já sai na frente de um setor que tende a ganhar escala, aposta o gestor.

“Você tem um momento muito especial para o Brasil nos próximos anos que é quando o Drex começar a rodar. Tem uma infinidade de coisas para serem criadas. Tem uma oportunidade aqui que não vai durar mais do que cinco anos. Porque até lá os Estados Unidos já voltaram, e em 10 anos esse mercado vai estar superpopulado. O investidor que enxerga isso aí percebe a oportunidade”, ressaltou.

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