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O que torna uma startup uma boa candidata a receber investimentos de venture capital? Para Monica Saggioro, co-fundadora da MAYA CAPITAL, ter um founder apaixonado pelo negócio é um ótimo começo. Afinal, é isso que ajudará o empreendedor a ser resiliente nos momentos de dificuldade, que não são poucos. A investidora afirma que a qualidade dos fundadores é um dos principais critérios para a decisão sobre os aportes, e que também busca startups que tenham “times fora da curva”.

Para ajudar as startups a formar esse dream team, a MAYA lançou recentemente a sexta edição do Matching Program, que conecta empreendedores que estejam dispostos a encontrar sócios para seus negócios. As inscrições podem ser feitas até o fim desta quinta-feira, por meio do site do programa.

“É um programa para quem quer empreender e ainda não tem co-founder, não tem tese. E a ideia é reunir pessoas que estão passando pelo mesmo momento de descoberta para trocarem figurinhas, se conhecerem, formarem alguns times, inclusive”, explica Monica, em entrevista ao Startups.

Segundo ela, algumas das empresas que surgiram desse programa já chegaram até mesmo a receber investimentos da MAYA. A gestora hoje tem dois fundos. O segundo foi anunciado em 2022, com US$ 100 milhões para investir, e tese focada em liderar a primeira rodada de venture capital das startups. Apesar de ser agnóstica com relação ao setor de atuação da empresa, a MAYA busca negócios early stage na América Latina, que possam ir do pré-Seed ou Seed para a Série A.

Para ajudar a startup a avançar do estágio “zero ao um”, como diz Monica, a MAYA divide sua atuação em três frentes: contratação de talentos; Go-to-Market (validação dos primeiros clientes, realização das primeiras vendas, etc); e fundraising.

“Para a gente é importante encontrar times excepcionais que estejam de fato construindo negócios gigantescos”, diz Monica, que também destaca a importância dos fundadores. “A gente brinca que prefere investir em founders que sejam muito apaixonados ou inconformados com o problema. Porque empreender é tão difícil, ainda mais na América Latina. Tem altos e baixos diariamente”.

Matching Program

O Matching Program tem o objetivo de selecionar selecionar talentos que aspiram a resolver os principais problemas da América Latina para participar de um ambiente de troca de conhecimentos e experiências, onde possam encontrar parceiros ideais para iniciar suas jornadas empresariais. Em cinco edições, o programa já contou com mais de 120 empreendedores.

A programação inclui speed dating entre os participantes, mesas redondas com fundadores e experts do ecossistema sobre a trajetória empreendedora, painéis sobre captação de recursos e como navegar o caminho do VC, e um happy hour de encerramento. O modelo é híbrido. As inscrições podem ser feitas até esta quinta-feira no site do programa.

O programa é 100% gratuito e sem compromisso de equity. Ou seja, não há contrapartida para os participantes. No entanto, Monica ressalta que o processo de seleção é rigoroso, de modo a garantir a qualidade das trocas durante o programa.

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