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Não adianta: todo processo de fusão e aquisição passa por esse momento difícil. No caso da Enjoei, que adquiriu recentemente a Elo7, marketplace especializado em produtos artesanais, a sinergia entre os negócios resultou na demissão de 25% do quadro da Elo7.

Os cortes foram confirmados pela própria Enjoei ao Startups, revelando que as demissões afetaram 25% da força de trabalho da Elo7, impactando principalmente as áreas de tecnologia, marketing e administração. Em nota, a companhia inclusive frisou que o processo foi conduzido de forma independente, por uma consultoria externa, de “grande expertise e reconhecimento” nestas práticas.

Segundo informações da Elo7 em sua página no LinkedIn, a companhia conta com cerca de 300 colaboradores – ou seja, numa conta rápida, a onda de cortes impactou cerca de 75 pessoas.

“O Enjoei esclarece que o ajuste no quadro de colaboradores da Elo7 é resultado do trabalho de avaliação pelo qual a companhia vem passando para capturar sinergias entre as duas empresas e está alinhado aos desafios e projetos do grupo para os próximos anos”, destacou a companhia em comunicado.

Com os cortes, a companhia destacou que está comprometida em sua estratégia de crescimento e aumento da eficiência operacional em todas as suas áreas. Na época da compra da Elo7, no mês passado, a Enjoei afirmou que a fusão traria à sua plataforma de compra de itens usados R$ 500 milhões em volume de vendas. É um salto de aproximadamente 50% em relação ao total de vendas que a Enjoei registrou no ano passado, que foi de R$ 1,1 bilhão.

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Apesar de demissões serem algo comum em movimentos de M&A, a dispensa em massa de colaboradores da Elo7 se soma a outras notícias não muito positivas para a Enjoei. Inclusive, em janeiro deste ano a empresa chegou a fazer uma reestruturação interna (que você pode chamar de demissão em massa), dispensando 31 pessoas, o que representa cerca de 10% de sua força de trabalho.

Em resposta ao Startups na época, a empresa afirmou que o movimento foi necessário para alinhar seus planos com os desafios e projetos para os próximos anos. “Esse arranjo permitirá à companhia priorizar determinados projetos de curto e médio prazo em detrimento de outros que serão apreciados mais a frente”, destacou a empresa. Apesar no revés, dinheiro no caixa a companhia possui: segundo resultados divulgados recentemente, a empresa não tem dívidas, com cerca de R$ 300 milhões na conta.

Desde o seu IPO em 2020, um dos primeiros do mercado brasileiro e que rendeu R$ 1,13 bilhão para o negócio, a companhia registrou quedas no valuation – em 2022, ela perdeu praticamente três vezes o seu valor de mercado.

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