Demissões

Cisco vai demitir mais de 4 mil para focar em IA e software

Gigante de soluções de rede afirmou em call com investidores que terá de se reestruturar para voltar a crescer

Foto: Divulgação
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A Cisco, empresa de equipamentos e soluções de rede, revelou na quarta-feira (14), em uma call com investidores, que terá de demitir para se concentrar em áreas de alto crescimento, como é o caso da IA e desenvolvimento de software. O plano é reduzir seu quadro de funcionários em 5% até o fim de abril, ceifando mais de 4 mil funcionários globalmente — de um total de 84.900. 

Pois é, mais uma gigante de tecnologia se apoiando na inteligência artificial para salvar o barco, e para isso, eliminando postos de trabalho. Em janeiro, em um movimento estratégico para aumentar os investimentos em técnicas de IA e machine learning, o Google anunciou que vai demitir 30 mil pessoas. Poucos dias depois, o Duolingo, app de ensino de idiomas, comunicou que fará cortes em sua equipe de funcionários terceirizados para implementar o uso de IA na criação de conteúdos.

Segundo a Cisco, as demissões lhe custarão US$ 800 milhões em impostos relacionados a indenizações e benefícios. Sim, uma bela facada nas contas que não estão tão bem. Além dos cortes, a fabricante também anunciou seus resultados financeiros não tão promissores referentes ao segundo trimestre fiscal de 2024. Seu lucro caiu 5% em um ano, somando US$ 2,6 bilhões, enquanto a receita teve queda de 6%, para US$ 12,8 milhões. 

“Nossa inovação está no centro de um ecossistema cada vez mais conectado e desempenhará um papel fundamental à medida que nossos clientes adotarem a IA e protegerem suas organizações”, afirmou o CEO, Charles Robbins, durante a conferência virtual. Segundo ele, a Cisco continua a sofrer com uma demanda fraca por equipamentos de telecom por parte de seus clientes.

Para voltar a crescer e como parte de seu impulso em inteligência artificial, a Cisco aposta em parcerias. A companhia anunciou a próxima fase de sua parceria com a gigante de chips Nvidia no início deste mês “para oferecer às empresas uma infraestrutura simplificada de IA baseada em nuvem e no local”, incluindo “hardware e software de rede para suportar cargas de trabalho avançadas de IA”.