A edtech indiana Byju’s deve demitir cerca de 5 mil funcionários nas próximas semanas, para diminuir as despesas em meio a uma reestruturação dos negócios. O novo CEO da companhia, Arjun Mohan, que assumiu na semana passada, estaria preparando o terreno para “uma série de mudanças”, incluindo a redução do tamanho da unidade local em um terço, para reforçar o controle dos custos, de acordo com o jornal The Economic Times.
“Mohan informou aos executivos seniores da empresa que fundirá vários setores como parte das mudanças que devem ser implementadas no fim desta semana ou no início da próxima”, informou a reportagem. Um porta-voz da empresa confirmou ao The Economic Times que a Byju’s está na fase final de uma reestruturação para simplificar estruturas operacionais, reduzir a base de custos e melhorar a gestão do fluxo de caixa, buscando uma operação “renovada e sustentável”.
Com sede em Bangalore, na Índia, e escritórios em 21 países, a Byju’s atende às necessidades de aprendizado de mais de 150 milhões de estudantes em todo o mundo. A startup desembarcou no Brasil em julho de 2021 e, no ano seguinte, recebeu US$ 250 milhões em uma nova rodada de financiamento que manteve o valuation da companhia em US$ 22 bilhões. Ainda não se sabe se a operação brasileira será impactada pelas demissões.
Nesta terça-feita (26), o TechCruch reportou que a empresa já cortou mais de 10 mil profissionais nos últimos dois anos, e agora planeja remover funções redundantes que abrangem seus empreendimentos offline e online, além de “muitos empregos” no departamento de marketing. “A Byju’s, que é a startup mais valiosa da Índia, também planeja eliminar vários cargos executivos sênior com altos salários”, contou uma fonte com familiaridade no assunto.
Em paralelo à reestruturação, a startup está tentando resolver uma disputa com credores sobre os termos de um empréstimo de US$ 1,25 bilhão. Ainda de acordo com o TechCrunch, a edtech sofre pressões decorrentes da da saída de membros do conselho e da renúncia da Deloitte como auditor da companhia. Além disso, a Prosus, um dos maiores investidores da Byju’s, expressou seu descontentamento alegando que as estruturas de relatórios e governança da empresa não haviam evoluído o suficiente e que edtech havia desconsiderado recomendações do diretor da Prosus, apesar de repetidas tentativas.