2023 foi marcado por ondas de demissões no Spotify. Depois de fazer cortes em janeiro e mais dispensas em junho, a companhia está fechando o ano com seu maior corte até agora. Cerca de 1,5 mil pessoas foram desligadas, um número que corresponde a 17% da força de trabalho da empresa.
Em nota aos funcionários publicada nesta segunda (04), o Spotify destacou que os cortes servirão para a companhia se tornar “mais produtiva e eficiente”. O fundador e CEO Daniel Ek afirmou no comunicado que “ter o tamanho certo da força de trabalho é crucial” para a companhia encarar os desafios futuros.
“Reconheço que isso afetará vários indivíduos que fizeram contribuições valiosas. Para ser franco, muitas pessoas inteligentes, talentosas e trabalhadoras nos deixarão”, escreveu Daniel Ek na nota que a empresa publicou em seu blog oficial. No comunicado, o CEO deu algumas razões para a decisão, como o baixo crescimento da economia e aumento de custos internos do negócio.
“Considerando a lacuna entre o nosso objetivo financeiro e os nossos custos operacionais atuais, decidi que uma ação substancial para redimensionar os nossos custos era a melhor opção para atingir os nossos objetivos”, pontuou o CEO.
Apesar dos pesares
Atualmente, o Spotify conta com cerca de 8,8 mil funcionários, número que já tinha tomado um baque este ano, já que em janeiro cerca de 600 pessoas foram demitidas, e mais 200 foram dispensados em junho, quando a companhia desativou a sua divisão interna de produção de podcasts.
Apesar dos enxugamentos, o Spotify relatou um forte crescimento na sua base de usuários, com um aumento notável de usuários ativos mensais, bem como de clientes pagos no trimestre mais recente. Também superou as expectativas de Wall Street em relação ao resultado operacional, e a expectativa para o quarto trimestre sugere uma continuação desta tendência positiva.
“Percebo que, para muitos, uma redução desta dimensão parecerá surpreendentemente grande, tendo em conta o recente relatório de lucros positivos e o nosso desempenho. Debatemos fazer reduções menores ao longo de 2024 e 2025”, escreveu Daniel.