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A Wildlife Studios andava quietinha nos últimos meses, enquanto passava por uma série de reestruturações organizacionais – que, ao que tudo indica, ainda não terminaram. Nesta semana, o unicórnio brasileiro dos jogos eletrônicos fez uma nova rodada de demissões, que impactou 21% do seu quadro de funcionários, ou 130 profissionais. Essa é a 3º leva de desligamentos em massa feita pela empresa nos últimos 18 meses.

Procurada pelo Startups, a Wildlife confirmou as demissões e disse que elas fazem parte de uma movimentação para tornar a empresa enxuta e ágil, sem impactar o investimento em novos jogos. A empresa não revela quais áreas do negócio foram afetadas.

A Wildlife Studios tomou a difícil decisão de reduzir o quadro de funcionários em 21% – o correspondente a 130 pessoas – em meio a uma reestruturação organizacional. Agradecemos a todos por suas contribuições e garantiremos o devido suporte durante esse período. A decisão faz parte de uma movimentação estratégica para tornar a empresa enxuta e ágil e não impacta os nossos investimentos em novos jogos“, disse a Wildlife, em nota enviada à imprensa.

A justificativa é a mesma apresentada pela startup em junho do ano passado, quando reduziu sua equipe em 13%, que já teria afetado cerca de 100 pessoas e, segundo informações que circulavam nas redes sociais, eliminado times inteiros na organização, incluindo o escritório da empresa na Irlanda, que teria encerrado totalmente as suas atividades.

A primeira leva de cortes em massa da Wildlife aconteceu em novembro de 2022, quando a companhia demitiu cerca de 20% do time. Naquela época, o Startups reportou que os enxugamentos impactaram pessoas no Brasil, Argentina, Espanha e EUA de diversas áreas, principalmente de desenvolvimento de jogos como artistas de 2D e 3D e animadores.

A Wildlife Studios entrou para o grupo de unicórnios brasileiros em 2019, após levantar US$ 60 milhões em uma rodada de investimentos liderada pelo fundo norte-americano Benchmark Capital, que avaliou a empresa em US$ 1,3 bilhão. Em agosto de 2020, nove meses depois de se tornar um unicórnio, a startup recebeu um novo aporte e triplicou o seu valor de mercado, chegando a US$ 3 bilhões. O cheque de US$ 120 milhões foi liderado pela Vulcan Capital, braço de investimento da empresa filantrópica criada pelo cofundador da Microsoft, Paul Allen.

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