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*A jornalista viajou a São Francisco a convite da Salesforce

Há 9 meses, o CEO e cofundador do Slack, Stewart Butterfield, anunciou que estava deixando a companhia e passando o bastão para a brasileira Lidiane Jones. A notícia veio cerca de dois anos depois da aquisição do app de mensagens pela Salesforce – uma transação avaliada em US$ 27,7 bilhões, com a promessa de definir o futuro do software empresarial e tornar o mundo do trabalho mais inovador, produtivo e conectado.

Desde então, as companhias vêm apostando fortemente no potencial da inteligência artificial para ajudar a cumprir essa missão, com o intuito de gerar aumentos exponenciais de produtividade nas organizações e atender melhor às necessidades dos clientes. “Sou muito otimista em relação a isso”, declarou Lidiane em conversa exclusiva com jornalistas realizada na última quarta-feira (13), durante o evento Dreamforce.

“Quando conseguimos ser genuinamente nós mesmos na hora de trabalhar e focar naquilo que é inerentemente humano, como nossa criatividade e engenhosidade, podemos fazer coisas incríveis. A IA pode lidar com as atividades burocráticas e repetitivas para que a gente foque no que é realmente importante para o mundo e para a organização. Se feita bem e com responsabilidade, ela pode nos ajudar a ser profissionais melhores e ser algo, de fato, transformador. Estou muito animada para ver isso ganhar vida”, disse a executiva.

Embora a inteligência artificial esteja no topo da lista de prioridades dos CEOs em todo o mundo, 52% dos consumidores não confiam que a tecnologia seja segura. A informação veio do próprio Marc Benioff, CEO da Salesforce, durante sua palestra de abertura no evento da gigante de CRM. O receio em relação à tecnologia é o que ele chama de “trust gap”, ou lacuna de confiança, que deve ser endereçada pelas companhias para evitar alucinações (quando a IA entrega fatos, respostas ou informações falsas), vieses e conteúdos tóxicos.

No caso do Slack, responsabilidade parece ser a palavra-chave para construir um software de confiança e estabelecer uma parceria de longo prazo com os clientes. “Ter um padrão e um nível elevado de ética tem sido fundamental na forma como construímos nosso software e como nos comportamos. Cada passo que damos é para construir uma tecnologia que não apenas ajuda nossos funcionários e clientes a serem mais produtivos, mas que seja segura”, afirmou Lidiane.

Muito mais que novas ferramentas e sistemas inteligentes, a executiva enxerga na IA um potencial democratizante. “Muitos profissionais não têm acesso à informação, que hoje ainda fica muito restrita àqueles com mais recursos. Mas com a transformação da IA, o conhecimento está mais acessível do que nunca, o que implica em mudanças emocionantes para a força de trabalho global. A tecnologia pode começar a nivelar o campo para a igualdade, e as lideranças têm uma enorme responsabilidade para realmente desbloquear a inclusão de talentos e apoiar a democratização das habilidades”, analisou.

O futuro do Slack

Segundo Lidiane, o futuro do Slack é expandir ainda mais o que a companhia já vem fazendo com sucesso. “Há muitas oportunidades e estamos apenas no início da nossa jornada. Estamos vendo um dos maiores avanços tecnológicos das nossas vidas e todas as empresas estão tentando descobrir o que isso significa para elas, avaliando os impactos no seu modelo, seus processos e sua força de trabalho.”

Ela observa que o Slack tem se tornado uma plataforma ainda mais essencial nas organizações, com empresas tentando cada vez mais orientar seus funcionários para os processos e as ferramentas certas. “O Slack tem se tornado uma ferramenta crucial ao apoiar as estratégias de transformação das empresas”, pontuou. Lidiane acrescenta que o Slack sempre esteve aberto a todos os sistemas, e a companhia espera seguir conectando aplicativos, integrações e ferramentas para agregar ainda mais valor aos usuários.

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