A edtech Alura, especializada em cursos de tecnologia, atingiu R$ 500 milhões em faturamento em 2023 e espera alcançar a marca de R$ 1 bilhão em três anos. Para isso, a empresa tem apostado no segmento B2B e em aquisições. A startup chegou a entrar na lista das aspirantes a unicórnio do Distrito em 2023, mas saiu do Top 20 na edição de 2024.
Conquistar o tão sonhado valuation de R$ 1 bilhão, porém, não é o objetivo do CEO e fundador Paulo Silveira. Para ele, o mais importante é o impacto gerado pela empresa.
“Minha corrida não é sobre como seremos unicórnio ou como vamos bater esse número. É como vamos ter o maior impacto na comunidade de tecnologia no Brasil. O faturamento é apenas uma consequência. Sabemos o que aconteceu quando as empresas decidiram trabalhar só com múltiplos e valuations. Nossa preocupação é o negócio”, afirma o empreendedor, em entrevista exclusiva ao Startups.
Com cerca de 1.500 cursos, a Alura já atendeu a 3 milhões de pessoas ao longo da sua história. Atualmente, a escola conta com mais de 800 mil estudantes ativos, em cursos como Programação, Front-end, Data Science, Mobile, DevOps, UX & Design e até mesmo Inteligência Artificial (IA).
Atualmente, a escola de IA da Alura oferece mais de 50 cursos para capacitar profissionais de todas as áreas, desde os fundamentos básicos da IA até suas aplicações específicas em diferentes setores, como negócios, programação e criação.
Atualmente, metade do faturamento da empresa vem do braço de B2B, um ecossistema corporativo formado por Alura, FIAP e PM3 Para Empresas. Por meio dessa solução, a edtech oferece cursos personalizados de capacitação em tecnologia para colaboradores de organizações diversas, como Banco Pan, Dasa, Banco do Brasil, O Boticário, Localiza e Suzano.
“Desde meados de 2015 e 2016 começamos a perceber que existia espaço para o B2B, que hoje é um canal importante para atingirmos esse faturamento”, explica o fundador, que também destaca o papel das aquisições para o crescimento da empresa.
Nos últimos anos, a Alura fez duas aquisições estratégicas. Em 2021, a PM3 foi incorporada para fortalecer o portfólio de cursos na área de gestão de produtos digitais. Já em 2022, a aquisição da FIAP marcou a entrada da edtech na educação superior, com a criação da Pós Tech, uma escola de pós-graduação nas áreas de Dev, Cibersegurança e Dados. A transação, que contou com o apoio dos fundos de investimento em educação Crescera e Seek.
Para este ou o próximo ano, a empresa tem mais uma aquisição no radar. “Estamos olhando no mercado o que falta na oferta de cursos de tecnologia para o público mais gestor. É aí que temos pesquisado. Queremos complementar nosso potfólio, seja com uma aquisição, seja com um produto novo”, diz Paulo.