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A Apprenty, startup que desenvolveu uma plataforma de ensino técnico para ser o “last mile” na preparação de jovens para o mercado de trabalho, acabou de levantar uma nova rodada. A edtech anunciou a captação de R$ 8 milhões em uma rodada liderada pela Canary, com participação dos fundos Positive Ventures, Potência Ventures e Latitude Ventures.

Com o aporte, que também contou com investidores-anjo de organizações renomadas como iFood, Gympass e Loft, a edtech tem a meta de capacitar e inserir mais de mil jovens no mercado de trabalho até o fim de 2024.

Para chegar a este objetivo, a startup usará os recursos para acelerar a criação de outras trilhas educativas e desenvolver ferramentas baseadas em inteligência artificial para auxílio e acompanhamento dos estudantes. Além disso, a edtech aposta no ensino técnico e profissional em parcerias com empresas que acreditam no modelo de trabalho e educação integrados, já aplicado com sucesso em países da Europa e que vem crescendo nos Estados Unidos.

“É ótimo para os jovens, que chegam mais rápido no mercado de trabalho, e também para as empresas, que desenvolvem profissionais mais qualificados e adaptados à cultura da empresa”, afirma em comunicado Guilherme Antunes, CEO da Apprenty e cofundador ao lado de Marcela Teixeira e Mariane Tonello.

O modelo de ensino da edtech aposta na simulação do ambiente de trabalho, em um processo que permite o desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais e também a avaliação dos candidatos. Durante esse tempo, os jovens trabalham em grupos de forma colaborativa, no modelo de sprints e com projetos entregáveis que replicam um desafio comum em áreas como RH ou vendas.

Os fundadores Mariane Tonello, Guilherme Antunes e Marcela Teixeira. Foto: Divulgação/apprenty
Os fundadores da Apprenty, Mariane Tonello, Guilherme Antunes e Marcela Teixeira (Crédito: Divulgação/Apprenty)

O formato diferenciado para a formação de talentos já rendeu à Apprenty clientes de grande porte como Stone, Creditas e Yuca, que utilizam o sistema da startup para selecionar seus candidatos, acessando jovens talentos que normalmente estão fora do radar de grandes empresas. “Com os dados disponibilizados em nossa plataforma, as empresas podem tomar decisões de contratação com muito mais rapidez e segurança, além de permitir grande economia de tempo em processos de onboarding pós contratação”, afirma Marcela Teixeira.

Impacto Social

De acordo com Filipe Portugal, sócio do fundo Canary, a motivação genuína de resolver uma grande dor para os jovens em busca profissional é o que tornou a Apprenty um negócio promissor na hora de assinar o cheque. “Poder investir na solução que eles enxergaram para o difícil acesso de jovens ao mercado de trabalho, por meio de educação de qualidade e desenvolvimento acompanhado é muito gratificante”, afirma Filipe, em nota.

Para aumentar sua capacidade de impacto, os jovens podem entrar na plataforma de forma gratuita, em que firmam parcerias com empresas clientes via um modelo de negócio B2B sem custo para o estudante. Nessa primeira trilha educativa, o foco é oferecer uma formação rápida com conteúdos EAD, preparando o jovem para ingressar no mundo corporativo, desenvolvendo habilidades comportamentais e digitais, necessárias nas áreas administrativa e de negócios da empresa, tais como marketing, vendas e operações.

Segundo destaca a edtech, as empresas parceiras podem contratar jovens do pool de talentos da Apprenty para posições de jovem aprendiz ou estágio, ou optar pela formação de turmas exclusivas, neste caso sendo possível a customização de projetos e habilidades desenvolvidas, conforme a necessidade da empresa. Para ajudar na seleção de talentos, a startup fornece um ranking de desempenho das turmas.

Além do programa inicial, as empresas contratantes também podem investir em uma formação técnica de maior duração para os jovens que forem contratados, serviço também realizado pela Apprenty.

“Nosso objetivo é preparar a nova geração de talentos com as skills do futuro. Durante o intensivo, construímos os fundamentos de habilidades como análise de dados, automação de processos com ferramentas low code e a aplicação de inteligência artificial para tornar mais eficiente as tarefas do dia-dia. Porém é necessário que esses jovens continuem se desenvolvendo após a contratação.” diz Mariane Tonello, cofundadora.

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