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Criado em 2020, o Female Force conecta mulheres empreendedoras em tecnologia a uma rede especializada para ajudá-las a tornar os objetivos dos seus negócios realidade. A comunidade se propõe a desafiar o status quo do ecossistema de inovação, por meio de programas e ações que visam facilitar a jornada feminina no setor e potencializar o seu desenvolvimento.

A iniciativa começou dentro da gestora MAYA Capital, com uma “turma MVP” de aproximadamente 10 empreendedoras e um grupo de mentoras experts em diferentes áreas necessárias para fazer um negócio crescer, como finanças, produto, operações, entre outros. O resultado foi bastante positivo, validando a hipótese inicial, de que as empreeendedoras enxergam valor em ter conexões assertivas e direcionadas para alavancar questões específicas de suas empresas.

Nos anos seguintes, a rede cresceu e ganhou independência da MAYA. Hoje, o time de mentoras e voluntárias inclui profissionais de fundos como Alexia Ventures, Canary, Astella, MAYA Capital, Kaszek, Latitud e Valor Capital, além da Endeavor e empresas como Rappi, Pipo Saúde, Divibank, FN Advogados, entre outros. Além das mentorias personalizadas e acompanhamento exclusivo das investidoras das principais casas de VC da América Latina, a jornada inclui eventos de networking, curadoria de programas de aceleração e um PitchDay para se aproximar a fundos e redes de investimento-anjo.

“Aprendemos muito nos últimos dois anos e hoje temos uma clareza muito maior das empreendedoras que buscamos, o que elas precisam e o que podemos oferecer”, afirma Debora Sena, voluntária do Female Force e executiva do time de investimentos da Alexia Ventures. Ela destaca a importância de atuar de fato em comunidade, com um grupo selecionado de empreendedoras para participar de cada ciclo do Female Force, e trabalhar com foco em mulheres do mercado tech que já definiram o mercado e a tese do negócio.

A expectativa é receber uma nova turma entre agosto e novembro deste ano, de forma 100% gratuita e remota. As interessadas podem se inscrever até o dia 11 de julho. 

Proposta de valor

O Female Force tem um olhar intencional para a diversidade, e considera o processo seletivo como uma estratégia fundamental deste movimento. “Quando formávamos as turmas apenas por indicação e recomendação de outras pessoas, não havia muita diversidade de empreendedoras”, explica Júlia Seno, voluntária do Female Force e associate da área de  investimentos e portfólio da MAYA Capital.

No primeiro batch feito com processo seletivo, cerca de 30% da turma era formada por mulheres negras. A executiva reconhece que a participação de empreendedoras em outros marcadores de diferença, como mulheres negras, indígenas, com deficiência e LGBTQIA+, entre outros, pode melhorar, mas ressalta que os resultados já estão acima da média dos outros programas de conexão do ecossistema. “Nos incomodamos com a falta de diversidade e criamos iniciativas para endereçar essa questão. O processo seletivo faz com que o Female Force seja mais democrático, alcançando pessoas fora da nossa rede”, pontua.

A proposta é atuar de forma agnóstica, incluindo os mais diversos fundos, startups e segmentos da economia para fortalecer a rede. “Muitos programas falam sobre liderança, desenvolvimento de produto, modelo de vendas e questões relacionadas à construção e distribuição do negócio. Já o Female Force foca em conhecimento para fundraising”, diz Debora. São 16 semanas de conteúdo partindo do zero, desde o que é uma tese e um fundo de investimento ao processo de decisão do formato e investidores.”

A comunidade busca empreendedoras com negócios tech escaláveis e que ainda não tenham captado a primeira rodada institucional. A seleção leva em conta o nível de experiência, comprometimento e participação no negócio, time, concorrentes e oportunidades de mercado, com foco em startups que resolvam dores latentes no segmento em que atuam. “É importante também ter o desejo de levantar uma rodada de investimentos, pois o Female Force é um programa muito focado em captação”, finaliza Júlia.

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