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O antagonismo entre lucro e sustentabilidade tem ficado para trás, conforme os investidores percebem que empresas alinhadas com as práticas ESG (meio ambiente, social e governança, na sigla em inglês) têm mais chance de sobreviver e entregar resultados no longo prazo. A gestora X8 Investimentos divulgou com exclusividade ao Startups o relatório de desempenho do seu fundo de impacto, composto por empresas de médio porte, incluindo algumas startups. De acordo com o documento, o faturamento bruto combinado dessas empresas registrou crescimento de quase 25% na base anual, atingindo a marca de R$ 125 milhões em 2023.

“Esses resultados demonstram que nossas empresas não apenas cresceram as suas receitas e mercados, mas que, efetivamente, conseguiram escalar mais ainda o impacto por elas gerado. Isso comprova que nossa tese de investir em bons negócios, que tenham o impacto no seu DNA, é a melhor forma de acelerar o impacto na sociedade e trazendo um duplo benefício para nossos investidores – retornos acima de média de mercado e deixar o planeta e a sociedade melhores”, aponta Carlos Miranda, CEO da gestora.

O terceiro fundo da X8, que tem como último filtro o potencial de impacto, investe atualmente em três empresas: Vida Veg, de produtos veganos; a Home Agent, startup de atendimento ao cliente em modelo home office; e a Tera, edtech voltada para formações para o mercado de trabalho. A gestora busca novos investimentos para esse fundo neste e no próximo ano.

Entre essas três empresas investidas, o Relatório de Impacto Socioambiental da X8 Investimentos identificou que 75% da força de trabalho é composta por mulheres. Além disso, as empresas deixaram de emitir, juntas, mais de 15 mil toneladas de CO2.

Home Agent

A Home Agent, startup de atendimento ao cliente com modelo 100% home office, evitou 1,2 milhões de trajetos de trabalhadores nos últimos dois anos, deixando de emitir mais de 760 toneladas de CO2. Entre os 631 funcionários, 81,76% são mulheres e 51% são pessoas pretas. Além disso, a startup calcula que cada trabalhador ganha cerca de 4 dias por mês ao evitar o deslocamento até o escritório, gerando maior sensação de bem estar.

“Para 2024, incluiremos nos indicadores trimestrais o breakdown por etnia e gênero das lideranças. A companhia está estudando desenvolver um projeto para mensurar e acompanhar o impacto gerado na economia da região onde os colaboradores moram e trabalham em home office. Nossa expectativa é
acompanhar esse indicador a partir de 2025″, aponta o relatório da X8.

Edtech Tera

A Tera, edtech de educação que atua na formação de profissionais de tecnologia, impactou 16 mil alunos em 2023, e afirma que 58% dos alunos relataram incremento de receita até 12 meses após conclusão do curso realizado na plataforma. Entre esse total de alunos, 52% são mulheres. No time de 45 colaboradores, 55% são mulheres e 41% são pessoas pretas e pardas.

“Para 2024, incluiremos nos indicadores trimestrais o breakdown por etnia e orientação sexual, bem como estamos estudando a possibilidade de mensurar o impacto estimado na redução de emissão de carbono gerado pela Tera. Além disso, a empresa planeja realizar palestras/workshops e criar um comitê de Diversidade e Inclusão entre os colaboradores para identificar eventuais dores e efetuar melhorias, quando necessário”, informa o documento.

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