*Por Renato Pezzotti, especial para o Startups
Oito em 10 mulheres que trabalham nas áreas de inovação das empresas se sentem acolhidas pelo mercado. Por outro lado, 9 em cada 10 já passaram por episódios de machismo e constrangimento no trabalho.
Os dados fazem parte de uma prévia da 2ª edição do estudo #MulheresQueInovamOAgro que foram revelados durante o AgTech Garage Meeting, realizado em Piracicaba (SP).
A edição deste ano da pesquisa, que não tem efeito estatístico, ainda aponta que 37% das mulheres atuam na área administrativa (que envolve os departamentos financeiro, de marketing e recursos humanos), 34% trabalham na prestação de serviços e 22% no desenvolvimento de tecnologias.
Confira outros números do levantamento, que foi respondido por 837 pessoas e que será divulgado, na íntegra, até o final deste mês:
– 76% se dizem brancas;
– 19,3% se declaram pretas e pardas;
– 38,4% tem entre 26 e 35 anos;
– 31,9% tem entre 36 e 45 anos;
– 21% são sócias ou proprietárias;
– 19% atuam como gerentes
Um dado destacado por Dalana de Matos, Estrategista de Inovação do AgTech Garage e que apresentou o estudo, foi o número de mulheres que mudaram de carreira para o agro: 44,7% das respondentes, contra 55,3% das que iniciaram no setor. “O agro abre portas e acolhe”, afirmou Dalana.
“Temos boas possibilidades para o futuro. Hoje, na minha empresa, temos 53% de mulheres e 67% de diretoras e vice-presidentes. E isso não é fruto de uma política, é uma coisa orgânica. Mas, infelizmente, é uma exceção. Há uma grande jornada pela frente”, afirmou Franciele Trentini, Líder de Inovação da produtora de fertilizantes OCP Brasil, que participou da apresentação da pesquisa.
“Precisamos provocar para que esses assuntos sejam ditos e debatidos. Eventos e estudos como esses são importantes, mas os homens não podem ser excluídos do assunto. Importante criar canais de conversas”, declarou Ana Claudia Plihal, Diretora de Soluções de Talentos do LinkedIn no Brasil, que também esteve no painel de apresentação dos números.