
Assistentes de voz como a Alexa, câmeras que podem ser acessadas pelo celular, lâmpadas automatizadas e eletrodomésticos que funcionam por comando remoto — esses são exemplos do que constitui uma casa inteligente. O que para muitos já faz parte do cotidiano para realizar tarefas básicas ainda é visto como um desejo de luxo para outros, especialmente em um país onde a tecnologia chega de forma desigual.
Essa diferença entre desejo e acesso foi justamente o ponto que levou Christian Gebara, CEO da Vivo, a afirmar que o brasileiro quer uma casa inteligente. A fala veio após uma pergunta de Rafael de Albuquerque, CEO e founder da Zoox Smart Data, sobre o papel das lojas físicas da operadora em seu ecossistema. A conversa ocorreu no painel A Jornada da Vivo: De telecom a empresa de dados, realizado durante a primeira edição do Zoox Data Revolution, que aconteceu na última terça-feira (18), em São Paulo.
A troca entre os dois executivos começou quando Rafael destacou a transformação da Vivo em uma grande empresa de vendas, lembrando que a operadora já supera varejistas tradicionais em número de lojas físicas. “Hoje a Vivo tem 1.800 lojas, né? Hoje, você é maior que a Magazine Luiza, por exemplo, em quantidade de lojas”.
Rafael continuou o discurso dizendo que esses pontos deixaram de ser espaços focados apenas em serviços de telefonia para se tornarem verdadeiros hubs de tecnologia. “Eu passei numa loja esse final de semana. Vocês vendem até aspirador de pó, né?”, perguntou ao CEO da Vivo.
A partir disso, Christian detalhou como as lojas físicas têm se tornado essenciais para materializar o conceito de casa inteligente para o público brasileiro. “A gente vende de tudo. As pessoas querem ter uma casa inteligente. Uma assistente de voz, uma Alexa, é o sonho de vários segmentos sociais brasileiros”, destacou.
Ainda segundo o executivo, muitos clientes vão às lojas da Vivo buscando orientação dos colaboradores para entender qual dispositivo faz sentido para sua rotina, criando uma jornada que pode começar na contratação da fibra e evoluir para a adoção de assistentes de voz, câmeras, sensores e outros equipamentos.
Com o objetivo de democratizar o acesso à tecnologia, a empresa tem ampliado sua rede de lojas físicas. Christian explicou que os espaços funcionam como pontos de contato capazes de democratizar a vida tecnológica que muitos brasileiros desejam.
Também de acordo com ele, com 600 mil visitantes mensais, presença em 72% dos municípios e proximidade de até 20 km para 74% da população, as lojas trazem televisores, notebooks, equipamentos de áudio e acessórios diversos. “É isso que nos torna esse parceiro tecnológico”, finalizou.