A cada nova edição do South Summit Brazil, mais olhos se voltam para Porto Alegre e para o ecossistema do Rio Grande do Sul. Contudo, para a sua sexta edição, o evento realizado às margens do Lago Guaíba quer ser ainda mais internacional – e para isso colocará seu foco em verticais (e países) de destaque para ampliar seu impacto.
Impacto foi a palavra-chave do lançamento oficial do South Summit Brazil 2026, realizada esta quinta (23), no Instituto Caldeira, em Porto Alegre. Marcado para os dias 25, 26 e 27 de março, novamente do Cais Mauá, o evento espera repetir o público de 23 mil pessoas, uma mistura de novo emprendedores, grandes empresas, players do ecossistema local de inovação, mas principalmente, investidores, fundadores e comitivas de outros estados e países.
O tema da edição 2026 será “Human by Design”, o que segundo o country manager do evento, Wagner Lopes, é um convite para discutir as tecnologias emergentes que estão transformando o futuro, mas sempre com o foco no desenvolvimento humano. “Nossa agenda é centrada nas pessoas na inclusão e nas conexões”, destaca.
Mesmo a quase seis meses de distância do evento, a organização já divulgou os primeiros palestrantes e painelistas da sexta edição. Estão confirmados nomes como Kim Farrell (TikTok), Priscyla Laham (Microsoft Brasil), Alexandre Baldy (BYD), Marcelo Lombardo (Omie) e Hernán Kazah (Mercado Livre), além de nomes internacionais como Arturo Nuñez (AIE Creative) e Alessia Rullo (Roche Diagnostics).
Verticais e geografias
De acordo com o presidente do South Summit Brazil, José Renato Hopf, a edição do próximo ano será focada em três eixos estratégicos, que segundo o executivo, são “fortalezas” da economia gaúcha e do Brasil – agronegócio, indústria e saúde. “Vamos aproveitar para reunir startups e aproximar fundos que investem nestas teses”, afirma.
Para o executivo, o foco nestas verticais servirão para reforçar o caráter global do evento, colocando em destaque os pontos fortes da economia local. “Com isso, reconhecemos e exaltamos nossas ‘fortalezas’, contribuindo para uma sociedade que nos dá orgulho, e vamos crescendo nesse processo”, avalia.
Além do recorte setorial, José Renato aproveitou para revelar outra novidade. Na programação do South Summit 2026 terá um dia dedicado à China, com conteúdos e convidados do país asiático, falando de IA, futuro da indústria e outros. “A China é destaque na questão tecnológica, então é algo que a gente quer trazer”, ressalta.
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Segundo o presidente do South Summit Brazil, o China Day poderá ser acompanhado de outros dias temáticos com diferentes países, e a organização do evento está em conversas com embaixadas para convidar comitivas internacionais. É um esforço semelhante ao que o Web Summit Rio fez nos últimos anos, com a participação de missões de diversos países, inclusive com estandes.
Por falar em exposição global, A Startup Competition 2026, um dos pilares do evento, está com inscrições abertas até 22 de dezembro de 2025. Na última edição, atraiu 2 mil startups de 79 países.
Impacto na cidade
O South Summit em Porto Alegre tem mais duas edições confirmadas – 2026 e 2027 – mas sua organização está empenhada em mostrar os impactos do evento na cidade e no estado para garantir a sua continuidade.
Inclusive, na fala do governador Eduardo Leite durante o evento, o foco foi em estabelecer o encontro como algo da população, e não do governo – mesmo que a administração estadual seja a principal financiadora do evento, e o futuro candidato da situação (o vice Gabriel Souza) tenha sido elogiado até pela CEO global do South Summit, Maria Benjumea.
“Vemos uma grande movimentação no ecossistema de inovação em nosso estado, com empresas, com data centers, com investimentos privados, e o South Summit é a cereja desse bolo. E ele é de todos nós”, declarou o governador.
Politicagens à parte, no lançamento do South Summit Brazil 2026, os organizadores aproveitaram para comentar os impactos da edição 2025 na capital gaúcha. De acordo com um estudo conduzido pela consultoria Alvarez & Marçal, o evento gerou um impacto financeiro de R$ 166 milhões, com geração de aproximadamente 4 mil empregos.
Conforme o estudo, a expectativa é que até 2030 o South Summit Brazil movimente mais de R$ 1,2 bilhões de reais para a economia gaúcha e nacional, coma geração de mais de 26 mil empregos.
