SP2B será evento com “vibe” do SXSW em São Paulo

AUSTIN, TEXAS* – Fazer a cidade de São Paulo ser vista além dos negócios, e atrair a atenção global para a criatividade e a inovação na capital paulista e no Brasil. Esses são os objetivos do SP2B, um novo evento que acontecerá na cidade entre os dias 9 e 16 de agosto de 2026.

A expectativa é que, durante oito dias, 500 mil pessoas participem de 700 painéis e 800 horas de conteúdo que vão acontecer em 26 palcos instalados no Parque Ibirapuera. Um dos principais cartões postais da cidade, o local foi escolhido para sediar o novo evento por permitir a descentralização das atividades, dando um ar semelhante ao que acontece com o SXSW, que atrai todos os anos 400 mil pessoas para Austin, no Texas – sendo os brasileiros a segunda maior delegação.    

“Grandes metrópoles já transicionaram suas imagens de centros financeiros para capitais culturais. E São Paulo tem uma oferta artística e cultural que está no nível de outras cidades. E a cidade mais rica da América Latina. Ter um evento de grande porte como esse era um óbvio que muitas vezes não era visto”, disse Rafael Lazarini, CEO e fundador da Da20, empresa responsável pelo SP2B e que também organiza o Rio2C – que acontece desde 2017 no Rio.

O lançamento do SP2B aconteceu para uma plateia de cerca de 200 pessoas que ser reuniram na São Paulo House, espaço organizado pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, InvestSP e Prefeitura de São Paulo no SXSW.

E isso tem uma razão de ser.

South by brasileiro?

A comparação com South by não é mera licença poética – como muitos eventos gostam de dizer que são “tipo” o SXSW.

O SP2B nasceu, de fato, de tratativas para fazer uma versão verde e amarela do badalado encontro em Austin. As negociações com o grupo liderado por Rafael, estavam em estágio avançado, mas a gestão do festival optou por não seguir adiante e se concentrar nas edições em língua inglesa na Austrália – que chega ao terceiro ano em 2025 – e em Londres, que estreia em junho.   

Sem a licença para usar a marca SXSW, mas com toda a formatação de um evento já avançada, a decisão foi por seguir adiante.

Por isso, anúncio feito em Austin teve uma grande força simbólica: mostrar que, apesar da negativa dos organizadores do festival americano, a relação não ficou abalada. Pelo contrário. As portas continuam abertas e os brasileiros terão apoio para a construção do novo evento. “Vamos mostrar para o mundo que a ideia de que o Brasil é o país do futuro é uma verdade”, disse Tracy Mann, international business development do SXSW, durante o lançamento do SP2B.