A CloudWalk, fintech brasileira responsável pelo InfinitePay, está dando um novo passo na sua estratégia de desenvolver e incorporar soluções de IA em sua plataforma. Agora, a empresa anunciou a sua primeira aplicação de IA agêntica – ou como dito por eles, “Proto-AGI” – chamada Jim.
Segundo Luis Silva, a nova solução chega para ser um funcionário a mais para os mais de 4 milhões de clientes que utilizam a maquininha da InfinitePay. Em conversa com o Startups durante o Web Summit Rio, o CEO Luis Silva destacou que o Jim foi lançado agora em março, mas clientes já estão aproveitando as suas funcionalidades.
“É possível falar com o Jim dentro da aplicação da InfinitePay, ele consegue ver todo o seu fluxo de caixa e dar sugestões estratégicas, fazendo campanhas de marketing, algo que uma das grandes dores do nosso cliente. Ele ajuda a lembrar de coisas, de tarefas que você precisa fazer. Ele meio que é o seu assistente pessoal que fica rodando ali nos bastidores”, explica.
Perguntado se o Jim já está gerando impactos na base de usuários do InfinitePay, Luis não entrou em números, mas destacou que a aceitação está sendo rápida. “O Jim já aumentou a retenção de nossos clientes dentro do aplicativo, e alguns já conseguiram até dobrar suas vendas com o apoio do Jim na criação de campanhas”, revela Luis.
Quanto ao número de usuários, o CEO pontuou que “milhares” de clientes já estão aproveitando o Jim, mas preferiu não dar previsões do quanto a adoção pode aumentar. “Hoje a gente tem mais de 4 milhões de clientes em todas as cidades brasileiras. A gente é o top 5 na App Store em aplicativos na categoria finanças”, respondeu o CEO, deixando a resposta no ar em relação ao potencial de uso do Jim.
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Investimento alto em IA
O Jim é um dos passos mais recentes da CloudWalk em colocar a inteligência artificial como um motor central de eficiência e rentabilidade para a companhia. Nos últimos dois anos, a fintech construiu mais de 40 agentes internos de IA para otimizar operações, marketing, vendas, design, segurança digital e detecção de fraudes.
Segundo destacou o próprio CEO, esse foco em aplicações de IA ajudou a companhia a chegar a uma receita anual próxima a US$ 1 milhão por funcionário. “É uma marca que nos coloca entre as empresas mais eficientes do mundo”, pontua.
A companhia encerrou 2024 com R$ 2,7 bilhões em receita, um salto de 67% em relação ao ano anterior. O lucro líquido no período foi de R$ 339 milhões, valor três vezes maior do que o anotado no ano anterior. A fintech terminou 2023 com receita bruta de R$ 1,55 bilhão, alta de 41% sobre 2022.
Segundo Luis, os investimentos em IA entram – e bastante – na conta do crescimento da companhia. Um dos principais exemplos é o do Claudio Walker, IA de atendimento que hoje responde por 90% das interações da InfinitePay com seus clientes.
“A gente construiu toda a plataforma de agentes dentro de casa. Então a mesma plataforma que serve o Claudio, que é o nosso agente que atende esses 4 milhões de clientes, é a plataforma que também suporta o Jim. O nosso clientes começa a usar o Jim muito, começa a vender mais e por consequência gera mais receita e mais lucro com a operação. Ele passa mais tempo no app, consome outros serviços a partir do uso de IA. Isso se paga e é lucrativo”, finaliza Luis.
