A cobertura especial do Startups no Web Summit Rio 2023 tem o apoio da Headline.
Parece que deu match entre o Rio de Janeiro e o Web Summit, cujo organizador, Paddy Cosgrave, projetou uma expectativa de público de até 40 mil pessoas em 2024 para a próxima edição do badalado evento no Riocentro, na zona oeste da capital fluminense.
Interesse não falta. Enquanto a organização projetava um público de 5 mil pessoas, a venda dos ingressos ultrapassou a meta e chegou a 20 mil até ser interrompida. Foram 21 mil pessoas de 91 países no Web Summit Rio, segundo a organização. Mas, extraoficialmente, a estimativa é que cerca de 28 mil visitantes circularam pelos corredores, palcos e pavilhões do local.
Em conversa exclusiva com o Startups, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, vê a projeção com otimismo. “Quero que eles ampliem para 40 mil ano que vem e 80 mil no próximo”, declarou. “A princípio cabe aqui no Riocentro mesmo”, completou.
Paes garantiu que deve conversar com os organizadores, ficando em linha com o comentário feito por Paddy, cujo plano é o de se reunir com a prefeitura para endereçar problemas relatados por participantes, especialmente os de transporte para chegar e ir embora do Riocentro. Ele não detalhou, contudo, como essa eventual ampliação será organizada.
Em conversa com alguns participantes do Web Summit Rio, se o plano da administração é o de ampliar o público para cerca de 40 mil pessoas, faz-se importante que a cidade participe mais na divulgação e otimização da cidade para o evento, algo que Lisboa faz para acomodar as mais de 70 mil pessoas que ela recebe anualmente para o Web Summit “matriz”.
“Quando tem evento bem grande por aqui, a prefeitura organiza pra ter transporte público frequente na porta direitinho. Pro Rock in Rio foi muito mais fácil do que vir pra cá pro Web Summit“, falou um participante do evento. Vale lembrar que o Rock in Rio é um evento que movimenta cerca de 100 mil pessoas em cada noite.
Segundo o mandatário, a Prefeitura do Rio não injetou recursos para a realização da primeira edição no Brasil. “Não colocamos nenhum investimento”, disse Paes, em uma resposta surpreendente, já que a cidade maravilhosa disputou a sede do evento com outras capitais como Brasília e Porto Alegre. “Acho que foram as condições e a estrutura da cidade”, justificou o prefeito.
O chefe do Executivo municipal também disse que o governo estadual também não investiu na iniciativa, que deve ocorrer anualmente nos próximos cinco anos no Rio. Segundo ele, a administração pública entende que o evento não termina nesta quinta (04), que foi o último dia de programação.
“[Ele não termina] Não só porque ainda temos cinco edições pela frente, mas porque entendemos que ele cria um ambiente propício para aquilo que é mais importante: o dia seguinte. Se adicionar o impacto da rede de hotéis, do setor de serviços, tudo isso obviamente tem um impacto. Mas é um impacto imediato dessa semana”, afirmou.