*O jornalista viajou a Portugal a convite do Web Summit
O Brasil e Portugal podem criar uma ‘fertilização cruzada’ no ambiente de startups, com a atração de companhias para a terra de Cabral e também com a abertura de oportunidades para companhias tupiniquins.
“Tudo aquilo que contribui para incrementar as trocas comerciais entre os países, desenvolver as exportações, desenvolver a cooperação tecnológica é tudo o que nós precisamos”, disse Antônio Costa Silva, ministro da economia de Portugal, após deixar o palco da abertura do Web Summit.
O ministro que assumiu o cargo em março com o novo governo do país, reforçou seu ponto citando o poeta francês Montesquieu, que dizia que o comércio é um pacificador as relações internacionais. “E nós precisamos desesperadamente de um mundo mais estável, mais pacífico. E que a cooperação quer comercial ou tecnológica, seja o ponto nevrálgico dessa cooperação”, disse ele.
Para o ministro, a eleição de Lula tende a melhorar essa relação entre os dois países e até mesmo a criação de programas específicos. “Nosso primeiro ministro [Antonio Costa Silva] foi um dos primeiros que felicitou Lula. Eles têm uma relação próximo e espero que o que tínhamos de cooperação entre os dois países volte a ativar-se”, disse.
Portugal já tem sido um destino para startups brasileiras em busca de talentos, ou de entrar no mercado europeu. Loggi, Quinto Andar e mais recentemente a Juntos Somos Mais abriram hubs voltados ao desenvolvimento de tecnologias no país. Portugal tem hoje cerca de 260 mil brasileiros morando no país.
Durante sua fala na abertura do Web Summit, o ministro da economia português elencou uma série de medidas que estão sendo tomadas para transformar Portugal em um polo de atração de startups. Dentre eles está o aprimoramento na lei de startups e a criação de um programa de stock Options “sério”.
Ele também destacou um pacote de 90 milhões de euros que será destinada ao apoio a 3 mil startups ao longo dos próximos 4 anos e falou de um programa de apoio a incubadoras que será lançado. Ele também lembrou que Portugal será a sede da agência europeia para startups, criada pela União Europeia. “Considerem Portugal [na hora de criar suas startup]”, conclamou o ministro.