Concentre-se nos relacionamentos, mantenha os clientes conquistados, corra riscos, seja autêntico. E lembre que ferramentas como AI são um meio, e não um fim. Essa é a conclusão do último painel do palco Startup University, no Web Summit Lisboa, sobre como crescer no turbulento ano de 2024.
O painel “Os 3T’s de 2024: Tecnologia, Turbulência e Triunfo”, moderado pelo editor-chefe do Startups, Gustavo Brigatto, discutiu as complexidades de escalar negócios em 2024, um ano marcado por avanços tecnológicos, como computação quântica e inteligência artificial (IA), e por pressões econômicas globais, como inflação e escassez de talentos.
Carolyn Rodz (Hello Alice), Marcelo Tribuj (TrueLogic Software), Lisa De Bonis (Huge Inc.) compartilharam estratégias de crescimento que destacaram automação, riscos criativos e a importância de manter um foco estratégico.
Rodz enfatizou que, em um cenário de recursos limitados, as empresas que investiram em automação cresceram 30% a 60% mais rápido que suas concorrentes. Tribuj, por sua vez, destacou o papel crítico de talentos qualificados: “O diferencial está em contratar pessoas que se alinhem à cultura e tenham motivação para superar desafios.”
Lisa destacou o impacto de “riscos criativos” na aceleração do crescimento e inovação. “Empresas que combinam talento e tecnologia de maneira ousada têm 32% mais chances de aumentar a receita,” afirmou.
A adoção de AI foi outro tema central da conversa no Web Summit Lisboa. Marcelo ilustrou como a IA tem ajudado sua empresa a identificar talentos de alta qualidade, gerando produtividade superior. “AI funciona. Mas para isso é preciso medir os resultados.”
“Onde eu vejo a AI falhar é quando uma empresa diz ‘Nós queremos usar AI. Vamos descobrir como.” observou Carolyn. “Isso é o mesmo que dizer ‘Hoje eu quero usar um martelo, onde eu posso usá-lo?’ AI e martelos são ferramentas, não soluções.”
“É preciso ter uma visão muito clara do que se quer do que é um negócio. E usar a AI a serviço dessa visão.” disse Lisa.
A CEO da Huge Inc. também destacou a importância de ser autêntico e criativo para de diferenciar da concorrência. “Autenticidade é a chave. Descubra o que seu jeito de fazer as coisas, e replique isso.”
O painel encerrou-se com uma reflexão sobre 2025. A expectativa é de que a turbulência tecnológica continue, mas as empresas que cultivarem resiliência, curiosidade e foco estratégico terão melhores chances de sucesso. Como De Bonis concluiu, “o diferencial estará em como aplicamos criatividade e tecnologia para entregar valor em um mercado em constante transformação.”