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O Educbank, fintech voltada a serviços de antecipação de recebíveis para escolas de educação básica, acabou de levantar R$ 70 milhões para impulsionar sua operação. Entretanto, ao contrário da série A levantada no ano passado, agora a empresa fez a captação via debêntures, securitizada totalmente em mensalidades escolares.

Segundo destacou o Educbank em nota, a operação, coordenada pelo Itaú BBA, visa dar suporte ao crescimento da startup, ao mesmo tempo em que também deverá contribuir para o desenvolvimento de novos produtos pela companhia.

As debêntures do Educbank são securitizadas em mensalidades escolares, simples, não conversíveis em ações e da espécie quirografária, com prazo de vencimento em 2026. A emissão será realizada em três séries, sendo as duas primeiras em distribuição pública e a terceira será privada.

“A confiança do mercado no Educbank revela que todo este esforço coletivo direcionado em prol da educação é digno de reconhecimento”, afirma Caio Noronha, cofundador do Educbank, em nota.

Para garantir a securitização dos valores, a carteira de recebíveis do Educbank foi auditada pela KPMG, e as demonstrações financeiras da fintech passaram pelo crivo da francesa Mazars. Entretanto, a empresa não abre publicamente seus números de faturamento ou de mensalidades transacionadas dentro de sua plataforma.

A companhia afirma que registra um crescimento médio de 20% mês a mês. “A meta nos próximos quatro anos é atingir 25% do mercado endereçável do Brasil, tornando-se parceiro de 10 mil escolas”, afirmou o Educbank.

Mensalidades não pagas

Fundado em 2020, o Educbank é uma plataforma financeira que banca as mensalidades não pagas e cuida da gestão da escola. Diferente de um empréstimo ou seguro, a fintech assume o risco da inadimplência. Ela oferece o capital e em troca cobra uma taxa sobre o valor da mensalidade.

Em julho do ano passado, quando anunciou sua rodada série A de R$ 200 milhões liderada pela Vasta Educação (do grupo Cogna), acompanhada pelo fundo Marrakech Capital, a empresa afirmou que tinha o plano de transacionar mais de R$ 1 bilhão em pagamentos escolares até o fim de 2023. No comunicado da nova rodada, o prazo foi estendido para o ano que vem.

Na época da série A, a fintech destacou que o investimento da Vasta seria um grande passo para acelerar seu crescimento, dado que a marca (braço da Cogna no segmento de educação básica) possui mais de 4 mil escolas na sua rede. “A transação permitirá a captura de um enorme potencial de valor nos próximos anos, estando a Vasta posicionada junto ao Educbank que, em sua visão, possui uma das posições competitivas mais favoráveis para consolidar o nicho”, afirmou a fintech na época.

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