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Fintech FinanZero capta R$ 7,5 mi e mira breakeven em 2024

Fundada em 2016 pelo sueco Olle Widén, a startup brasileira opera um marketplace de soluções de crédito online

Olle Widén, CEO da fintech FinanZero
Foto: Divulgação

Menos de 1 ano depois de levantar US$ 4,1 milhões, o marketplace de crédito online FinanZero recebeu um novo aporte, agora de R$ 7,5 milhões. O investimento foi feito por fundos e family offices suecos cujos nomes não foram revelados, e manteve as mesmas condições ofertadas em 2022, incluindo o valuation da rodada anterior.

O carro-chefe da startup é o crédito pessoal. Segundo o CEO, o sueco Olle Widén, os recursos do aporte serão direcionados para investimentos em marketing e desenvolvimento de novos produtos, com o objetivo de atrair clientes de outros segmentos à plataforma. A companhia vai expandir a oferta de crédito com garantia e, ainda no 1º semestre, pretende abrir linhas de financiamento online para imóvel e veículo.

“Quando me mudei para São Paulo, em 2010, percebi que não havia muitos produtos para crédito digital e que era um setor com juros altos, pouca transparência e sem um lugar para comparar as taxas. Então, era uma grande oportunidade no mercado”, diz Olle, que fundou a FinanZero ao lado do empresário Kristian Jacobsson, em conjunto com a gestora sueca Webrock Ventures.

A startup foi criada com a missão de descomplicar e facilitar o acesso ao crédito para todos os brasileiros, oferecendo diversas opções de prazos e taxas para que o cliente compare e escolha a melhor opção. A companhia já oferece empréstimos com garantia de casa (home equity) e refinanciamento de veículos, e está iniciando a operação de crédito com garantia de celular. No marketplace, também é oferecido crédito consignado e com garantia do FGTS. 

Desde a sua fundação, em 2016, a fintech já intermediou R$ 1,25 bilhão em empréstimos e recebeu 40 milhões de pedidos de empréstimo. O volume de crédito originado na plataforma é de cerca de R$ 30 milhões por mês. Por meio do marketplace, o consumidor consegue ter acesso a ofertas de até 72 parceiros, entre instituições financeiras tradicionais e bancos digitais.

Olle Widén, CEO da FinanZero
Olle Widén, CEO da FinanZero (Foto: Divulgação)

Adaptando-se à conjuntura

Na rodada anterior, anunciada em julho de 2022, a companhia tinha planos de levantar US$ 6,5 milhões, mas fechou o deal em US$ 4,1 milhões com os investidores que já estavam no captable, sem abrir para novos fundos por conta das incertezas de mercado e condições macroeconômicas desfavoráveis. Este ano, a startup captou o que faltava para alcançar a meta de 2022, levantando US$ 1,5 milhões (cerca de R$ 7,5 milhões) com novos investidores.

A FinanZero cresceu cerca de 25% em faturamento nos últimos 12 meses. De acordo com Olle, a companhia adaptou o modelo de negócio no início do inverno das empresas de tecnologia, direcionando-se ao breakeven e à gestão do quanto se queima de caixa a cada mês (métrica conhecida como “burn rate”), buscando crescimento sustentável. 

A previsão é crescer 30% este ano e atingir o breakeven (sem lucros, nem prejuízos) no 2º trimestre de 2024.