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A PlayBPO, startup catarinense que atua no segmento de gestão financeira, se prepara para uma nova captação. Depois de receber um investimento inicial de valor não revelado da fintech Conta Azul e da Rede de Investidores da Acate (uma parceria entre a Acate e a Anjos do Brasil), a companhia agora quer colocar mais gasolina no tanque, e está em busca de um aporte seed para escalar o negócio.

Segundo o fundador e CTO, Lázuli Santos, parte dos recursos será usada para estruturar o time com pessoas experientes no mercado. “Inicialmente, montamos uma equipe com pessoas que buscavam oportunidades de trabalho em startups. Mas sabemos que para a jornada que queremos seguir, vamos precisar de pessoas com vivência e bagagem, que já tenham passado por startups e trazem essa expertise”, explica.

O empreendedor conta que a companhia registrou um crescimento importante no último ano, saltando 192% em faturamento e 184% na base de clientes, que hoje conta com cerca de 4 mil empresas gerenciadas. No entanto, ainda há muita evolução para se fazer. “2022 foi um ano de muito teste e validação. Com isso, entendemos o que o mercado quer e precisa”, diz Lázuli.

Com o caixa reforçado e o time maior, a PlayBPO espera crescer 200% em 2023, e chegar a 5 mil clientes no próximo ano. “As empresas de ERP estão investindo muito em BPO financeiro, e queremos surfar essa onda. Vamos aproveitar enquanto não há muitas empresas desenvolvendo tecnologia para esse setor no Brasil e ganhar mais espaço no mercado para quando chegarem outros players já estarmos bem na frente. São metas grandes, mas sabemos que temos o potencial e avançamos com o pé no chão”, pontua o executivo.

Lázuli Santos e José Marques, fundadores da PlayBPO
Lázuli Santos e José Marques, fundadores da PlayBPO (Foto: Divulgação)

A última antes do exit

Lázuli afirma já estar conversando com fundos de investimento, com a expectativa de fechar a rodada entre junho e julho. Apesar dos avanços, ele conta que a fintech sentiu na pele a mudança de ventos no ecossistema. A rodada com investidores-anjo, anunciada no início de 2022, foi concluída em cerca de 30 dias. “Foi muito rápido daquela vez. Mas hoje estamos com uma nova rodada aberta e percebemos que há dinheiro, mas que os investidores estão mais criteriosos, olhando mais para o equilíbrio do negócio”, analisa.

O empreendedor acredita que esse será o último cheque da PlayBPO antes do exit. “Desde o início, nossa visão para a empresa era que ela fosse adquirida por um grande player. Temos o intuito de fazer um bom exit e gerar ótimos múltiplos para os investidores”, conta.

Mesmo se vender o negócio, ele pretende seguir na operação por tempo indeterminado, até cumprir seu principal objetivo: “Quero ser um agente transformador da gestão financeira. Enquanto não chegar nessa meta, devo seguir na PlayBPO para deixar esse marco no mercado. Depois, penso em continuar empreendendo e toco projetos em paralelo voltados às teses de impacto.”

Sobre a PlayBPO

“Sempre tive a motivação para empreender”, conta Lázuli, que fundou a PlayBPO em meados de 2020 ao lado do sócio José Marques. “Ainda na faculdade, percebi que poderia resolver alguns problemas da sociedade por meio da programação, desenvolvendo softwares ou plataformas que solucionassem essas questões.”

Ele chegou a criar algumas empresas que não foram para frente, mas serviram de aprendizados. Já José, era sócio de uma empresa na área de contabilidade e notou que muitas demandas neste setor ficavam bagunçadas pelas empresas não terem uma gestão financeira adequada. Ao pesquisar soluções, encontrou o BPO Financeiro, que significa Business Process Outsourcing, ou terceirização dos processos de negócios com foco no setor financeiro.

Fizeram uma Prova de Conceito (POC), testaram o produto com clientes da contabilidade e criaram um administrador online para fazer a gestão dessas empresas. “A gente não conseguia escalar, porque usávamos uns 7 softwares distintos e genéricos para fazer o serviço. Procuramos um produto especializado em BPO, mas não encontramos e decidimos desenvolver a solução, dando origem ao que hoje é a PlayBPO”, conta Lázuli.

A plataforma visa levar mais agilidade à operação a partir da organização de tarefas, clientes, operadores e comunicação em um único lugar. Com a plataforma, é possível fazer a gestão de tarefas, analisar gráficos e relatórios, controlar quanto tempo é gasto em cada tarefa, fazer a comunicação com clientes via app, entre outros. Em seu site, a PlayBPO afirma ter concluído mais de 900 mil tarefas e recebido mais de 50 mil solicitações entre as 4 mil empresas cadastradas.

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