fbpx
Compartilhe

A Grana Capital, empresa de inteligência de dados para investidores da Bolsa de Valores, recebeu um aporte da B3 e da RTM, hub integrador do mercado financeiro. O investimento, de valor não revelado, foi feito por meio do programa de aceleração da Darwin Startups, e anunciado em primeira mão ao Startups.

Fundada em 2019, a Grana desenvolveu um aplicativo que automatiza a gestão do Imposto de Renda sobre renda variável e oferece uma inteligência artificial generativa e personalizada que atua como um assistente pessoal para auxiliar investidores com informações de mercado. Além de responder perguntas, o sistema realiza atividades programadas, avalia fatores de risco da carteira do usuário e permite que o investidor consulte pendências, pague os Documentos de Arrecadação de Receitas Federais (DARFs) mensais e acompanhe os dividendos a receber.

O app soma mais de 180 mil usuários e contempla ações, BDRs (Brazilian Depositary Receipts), ETFs (Fundos de Índice), opções, FIIs (Fundos Imobiliários) e mercado futuro. A companhia conta com mais de R$ 3 bilhões em patrimônio sob gestão de Imposto de Renda e calculou mais de 350 milhões em ganhos de capital com investimentos realizados pelos usuários desde o início da sua operação, o que possibilitou o pagamento de R$ 54,5 milhões em impostos.

A fintech já era parceira da B3 desde maio do ano passado, quando conectou o seu sistema à B3 oferecendo o app Grana por meio de API na Área do Investidor da Bolsa de Valores brasileira. “A Grana foi criada para ajudar os brasileiros a investir melhor e atingir seus objetivos com o mercado financeiro, por meio de uma ferramenta que traz investidores para perto e oferece informações sobre carteira de investimentos. A parceria com a B3 é uma chancela muito grande de que estamos fazendo um bom trabalho, e serve como um canal relevante de aquisição de novos usuários”, afirma André Kelmanson, CEO da Grana.

Segundo o executivo, a possibilidade de fortalecer a parceria com a B3 e outros players foi justamente o que motivou a Grana Capital a entrar para a 13ª turma de aceleração da Darwin Startups. O programa é realizado com o apoio de parceiros corporativos B3, RTM, Safra e Sinqia em busca de startups nas áreas de fintech, big data, analytics, TI e telecom. “Para a Grana é crucial estar próximo do ecossistema do mercado financeiro. A motivação para entrar no programa foi, muito mais do que qualquer aporte financeiro, a proximidade com players estratégicos como a B3 e a RTM, pois enxergamos muitas oportunidades de sinergia”, explica André.

André Kelmanson, CEO da Grana Capital
André Kelmanson, CEO da Grana Capital. (Foto: Thais Cunha)

Parceiros estratégicos

Luiz Jardim, gerente de Inovação e Novos Negócios da RTM, conta que o grande atrativo da Grana foi a solução e visão de negócio. “O produto é muito interessante, pois, em parceria com a B3, ajuda o usuário final e o mercado financeiro como um todo. Acreditamos na solução apresentada e na visão do projeto, para trazer ferramentas e conteúdos de qualidade para ajudar os investidores”, pontua.

Segundo Luiz Jardim, da RTM, o smart money é uma das prioridades da companhia ao se aproximar do ecossistema de startups. “Conseguimos ajudar a Grana e outras fintechs com nosso conhecimento em tecnologia e mercado financeiro, além do acesso a corretoras e instituições financeiras. Embora não seja o caso da parceria com a Grana, também podemos incorporar a solução no nosso portfólio e na nossa infraestrutura”, afirma.

O CEO da Grana reforça que, nesta rodada, o valor financeiro foi algo secundário. “O mais importante era a proximidade com os parceiros. Entramos no programa da Darwin mirando na B3 e descobrimos a RTM durante esse processo. Nunca tínhamos tido contato antes, mas aprofundamos as conversas e vimos que a RTM possui uma visão de mercado muito parecida com a nossa, e estabelecer uma parceria com eles é super interessante”, pontua André.

O primeiro investimento recebido pela fintech foi feito em 2019, com a Outro Preto Investimentos, em 2019. Nos anos seguintes, a Grana Capital realizou rodadas de equity crowdfunding e, em 2021, captou R$ 5 milhões em apenas quatro dias na plataforma SMU. O objetivo dos aportes iniciais era ganhar tração e aumentar a quantidade de usuários no aplicativo. Desde a primeira captação, o número de clientes cadastrados subiu de 1.030 para mais de 180 mil em quatro anos. 

Agora, o plano é usar o novo aporte para sustentar os novos projetos da empresa, focados em expandir a oferta de informações qualificadas para os investidores. “Nosso plano é avançar com a tecnologia de inteligência artificial, pois construímos apenas a semente de algo que pode ser gigantesco e realmente mudar o mercado. A ideia é organizar a informação para que as pessoas consigam tomar decisões muito mais embasadas e inteligentes do que antes, então queremos expandir a tecnologia e levá-la para mais investidores para impactar o mercado”, diz André.

LEIA MAIS