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A Kamino, fintech de soluções para gestão financeira, despesas corporativas e pagamentos, repaginou a sua oferta para impulsionar seu crescimento, de olho especialmente em clientes de pequeno e médio porte. As novidades incluem o lançamento de um cartão de crédito para PMEs, assim como a criação de planos para sua plataforma, incluindo um tier gratuito.

Segundo a fintech, o plano com as novas ofertas é de aumentar a sua base de clientes em 150% até o fim do ano, com um crescimento de valor transacionado (TPV) na ordem de 250%. Nos primeiros oito meses de 2023, a companhia já registrou um crescimento de 64% na carteira de empresas atendidas.

A nova oferta consiste em três tiers de planos – o primeiro gratuito e dois pagos. A versão gratuita, chamada Compass, oferece uma experiência mais básica, com a emissão de cartões de crédito, conciliação automática e insights sobre o uso destes cartões. “Criamos uma primeira ferramenta para que as empresas tenham uma gestão mais aprimorada das despesas”, explica Gonzalo Parejo, cofundador e CEO da Kamino, em entrevista ao Startups.

Pulando para o tier intemediário e pago – chamado North – são disponibilizados recursos para automatizar os pagamentos da empresa, utilizando integrações de open banking para operar diferentes contas bancárias, além da conta da Kamino.

“Com o North, queremos reduzir o esforço para pagar muitas contas. Empresas com mais de 50 pagamentos por mês perdem muito tempo operando o internet banking e registrando isso em um Excel ou ERP”, pontua Benjamin Gleason, CSO e cofundador da fintech.

No terceiro – e mais avançado – plano, chamado Track, além das funcionalidades do Compass e North, 100% das contas a pagar e a receber são automatizadas. Até então, essa era a versão oferecida pela Kamino aos clientes, que pagavam para utilizar esta plataforma mais completa.

“Com essa mudança, estamos ajustando a estratégia para adquirir mais clientes, assim como aumentar o portfólio de opções para cada tipo de cliente”, avalia Gonzalo. De acordo com o CEO da Kamino, o foco é mostrar eficiência em diferentes modelos, ajudando os clientesa crescer – e claro, ajudando-os a evoluiir nos planos.

“Uma PME vai gostar da experiência com o cartão e a conta gratuita, mas a expectativa é que eles queiram a mesma experiência aplicada a todas as suas contas bancárias, dentro da nossa plataforma”, revela o CEO. Segundo ele, empresas de pequenos e médio porte costumam trabalhar com dois a três bancos, em média.

Planos e concorrência

A mudança no portfólio da Kamino chegou na mesma época em que outra empresa concorrente anunciou mudanças em sua oferta. A Cora lançou no começo do mês um serviço de assinatura, chamado Cora Pro, trazendo recursos adicionais à sua conta tradicional, como a personalização de boletos e a integração direta via API, para pequenos negócios.

Segundo a fintech, a ideia com esse pacote é alcançar um público que está em um momento mais avançado na gestão da sua empresa, cobrando uma mensalidade de R$ 44,90. De acordo com o CEO da Cora, Igor Senra, a medida faz parte do plano para levar a companhia ao breakeven até o fim do ano, atraindo uma parcela da base (cerca de um milhão de PJs) interessada em pagar um pouco mais por recursos premium.

A Kamino não abriu os valores dos planos, que podem variar de empresa para empresa, afirmando apenas que “os produtos geram economias de mais de 200hs por mês, o que gera retornos sobre o investimento na casa dos três dígitos”.

No ano passado, a Kamino levantou uma das maiores rodadas pré-seed vistas no país, captando US$ 6,1 milhões, em aporte liderado pelo fundo Inspired Capital, que também contou com a participação de fundos como Global Founders Capital, Fontes (fundo early stage de QED Investors), Picus Capital, entre outros.

Com o aporte, a companhia lançou o chamado corporate service, com conta digital e cartão para empresas e, em 2023, incorporou a startup Nimbly, iniciando as operações de plataforma, com cartão e conta proprietários embarcados no sistema.

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