Fintech

NG.Cash lança operação de cripto e mira investidores jovens

Neobanco da Gen Z inicia operação com a venda de Bitcoin e Ethereum, e tem planos de expandir o "cardápio"

Cripto Ng Cash
Cripto Ng Cash. Crédito: divulgação

Para a NG.Cash, conhecida no mercado como o “banco da geração Z”, atrair seu público-alvo para produtos de investimentos passa por um tendência: cripto. Pensando nisso, a companhia está lançando em seu app a opção de compra de criptomoedas.

A novidade começou o seu roll out nesta quarta (12) em um modelo beta, com o plano de atingir os cerca de 1 milhão de usuários da fintech até o fim de agosto. Nesta fase inicial, serão oferecidas opções de investimento em Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), mas o plano é expandir.

“A ideia é evoluir nossa oferta em cripto, e vamos abrir a seleção de quais ativos serão listados para o público, por meio de votação junto à base de usuários”, afirma Petrus Arruda, cofundador e COO da NG, em entrevista ao Startups.

Para o executivo do neobanco, a expectativa é que a oferta se alinhe com os interesses de seu público alvo quando o assunto é investimentos. Segundo ele, 46% dos investidores de cripto no mercado brasileiro pertencem à geração Z, e o plano é aproveitar este potencial dentro da própria base.

“Naturalmente vimos que tem uma intersecção interessante, e que tem gente investindo em cripto fora da nossa plataforma, então foi natural trazer para dentro”, afirmou Petrus, sem entrar em números de quantos usuários a empresa pretende capturar para esta nova operação, nem os valores que espera movimentar.

Petrus Arruda, cofundador e COO da NG.Cash
Petrus Arruda, cofundador e COO da NG.Cash (Foto: Divulgação)

Entretanto, para a empresa, o lançamento deste produto abre a porta para uma nova linha de negócios dentro do neobanco, que antes ficava em serviços como Pix, cartão de crédito, mesada programada e pagamentos: a partir do cripto, o plano da NG é começar o seu portfólio de produtos de investimento.

“Diferentemente da mentalidade millenial mais consumista, a geração Z pensa mais em poupar. Por isso, a parte de investimentos é um caminho, mas eles precisam fazer sentido para nosso público. Talvez opções baseadas em blockchain sejam o futuro”, pondera o COO.

Apoio externo

Para viabilizar o projeto, a NG.Cash contratou os serviços de custódia e corretagem da Parfin, contando com uma solução end-to-end (ponta a ponta) de infraestrutura institucional para ativos digitais, em conformidade com as exigências regulatórias e com camadas de segurança.

Também carioca e fundada por Marcos Viriato, ex-sócio do BTG, a Parfin já tem um histórico no atendimento a fintechs e grandes bancos na parte de cripto. No início deste ano, a fintech levantou US$ 15 milhões em uma rodada seed liderada pela norte-americana Framework Ventures. No fim de 2021, a Parfin já havia recebido um aporte de R$ 42 milhões, liderado por Valor Capital.

“Tomamos nosso tempo para fechar com o parceiro certo, e quando fechamos com a Parfin, o projeto de infraestrutura foi executado em cerca de três meses, o que superou a expectativas da NG“, afirma Petrus.

Potencial para crescer a partir de investimentos cripto a gente sabe que tem. É só pegar o exemplo do Nubank: em julho do ano passado, após um mês de lançamento de sua plataforma de venda de criptomoedas, o roxinho chegou a 1 milhão de clientes utilizando o serviço. Para a NG.Cash, que desde quando levantou uma das maiores rodadas seed já vistas no país até então, o plano é aproveitar o hype e fazer algo semelhante.

“Essa nova oferta de serviços proporcionará para a geração Z uma experiência democrática e integrada no mundo das criptomoedas, combinada com a segurança e a confiabilidade que a NG.Cash sempre ofereceu”, pontua Mário Augusto Sá, fundador e CEO da fintech, em nota.