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A Nomad, fintech de conta bancária internacional, acabou de receber um cheque de respeito. A startup levantou uma rodada de US$ 60 milhões (cerca de R$ 300 milhões), no que é, até agora, o maior aporte recebido por uma fintech em 2023.

A rodada série B foi liderada pela Tiger Global (que investiu em outras fintechs como Nubank e Brex), com o follow on dos atuais investidores Stripes, Monashees, Spark Capital, Propel, Globo Ventures e Abstract. O aporte vem pouco mais de um ano depois de uma rodada de US$ 32 milhões (cerca de R$ 160 milhões), liderada pela Stripe.

Apesar do aporte alto, ainda há um caminho a percorrer para o status de unicórnio. Com o investimento, agora a fintech tem um valuation de R$ 1,8 bilhão – cerca de US$ 365 milhões.

Segundo destacou a Nomad em nota, os novos recursos servirão para acelerar o seu crescimento, expandindo o apelo para além da conta digital. A ideia é se tornar uma plataforma de investimentos global e lançar outros produtos, como na área de crédito.

De acordo com o CEO Lucas Vargas, ter a Tiger Global como parte do captable mostra o nível de maturidade da Nomad. “É a prova de que nossa operação, pioneira no segmento, está muito bem estruturada e que nós nos consolidamos como um dos mais importantes players do Brasil para contas e investimentos internacionais”, diz Lucas, em nota.

Lucas Vargas e Patrick Sigrist, fundadores da Nomad
Lucas Vargas, CEO, e Patrick Sigrist, cofundador da Nomad (Foto: Divulgação)

Uma das pioneiras do país em oferecer uma conta americana global digital e sem custo para o mercado de varejo, a Nomad registrou, desde o início de 2023, mais de R$ 1 bilhão em volume processado em operações com cartão, e mais de R$ 5 bilhões em transferências internacionais.

“Estamos entusiasmados em investir na equipe da Nomad, que busca expandir sua plataforma e ajudar a impulsionar uma maior inclusão financeira para os brasileiros”, completou Alex Cook, sócio da Tiger Global.

Novo apetite no Brasil?

Um detalhe interessante: o aporte marca a volta do apetite da Tiger em startups brasileiras. O fundo já não investia em negócios brasileiros há mais de um ano e, segundo fontes de mercado, estava de um ano para cá avaliando possíveis write offs de seu portfólio em terras canarinhas.

Com o aporte na Nomad, não apenas parece que as coisas mudaram para a Tiger Global, como também pode dar uma injeção de ânimo para o mercado, que está esperando um segundo semestre mais animador para o venture capital.

Para a Nomad, o dinheiro deverá reforçar o posicionamento mais agressivo que a fintech adotou desde a rodada que levantou no ano passado. De um ano para cá, a companhia fez movimentos como a aquisição da Husky, startup de transferências internacionais, que facilita o pagamento de brasileiros que trabalham para o exterior e necessitam receber seus recursos no Brasil.

Parte da nova captação também deve ser usada para impulsionar esta área, principalmente na geek economy – para quem não sabe, são streamers ou produtores de conteúdo geek que recebem dinheiro de plataformas internacionais e necessitam de contas para serem pagos.

Outro investimento recente da Nomad foi em marketing. Em fevereiro, a startup investiu na abertura de uma sala VIP no aeroporto de Guarulhos. O Nomad Lounge fica no terminal 3 do aeroporto internacional, disponível para clientes do Nomad Pass, programa de fidelidade da fintech.

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