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Para evitar que seu nome seja usado em possíveis fraudes online, o Nubank resolveu fazer algo diferente. O neobanco, em uma ação de prevenção e conscientização, comprou dezenas de URLs que poderiam ser utilizadas para confundir usuários e as direcionou para um novo portal de segurança.

“Adquirimos domínios na internet que parecem do Nubank, mas não são – e que poderiam ser usados de forma maliciosa – e os redirecionamos para o site, um portal que ficará permanentemente disponível e concentrará informações e dicas de proteção contra fraudes e golpes”, explica Juliana Roschel, diretora de marketing do roxinho.

A ação faz parte de uma campanha chamada #PareceMasNãoÉoNubank, criada para orientar usuários a evitar links maliciosos e saber os canais legítimos de atendimento do banco digital, que atualmente já passa dos 80 milhões de clientes no Brasil, o quarto maior no país.

“As táticas de engenharia social são cada vez mais comuns em toda a indústria financeira. Isso porque os fraudadores têm encontrado dificuldades em burlar os sistemas de defesa das instituições, que vêm se tornando ainda mais sofisticados”, afirma Fabiola Marchiori, vice-presidente de engenharia e gerente-geral de prevenção a fraude do Nubank. “Manter as pessoas bem informadas sobre essa prática é muito importante porque, na maioria das vezes, existe uma participação não intencional das próprias vítimas para que o golpe se concretize”, completa.

Resposta às polêmicas?

A preocupação redobrada do Nubank com a segurança tem bons motivos. Vale lembrar que ao longo do último ano o banco entrou na mira do público e até de órgãos de fiscalização sobre problemas sofridos por clientes em função de golpes. Em abril, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) informou que enviou uma notificação para o Nubank “depois de ter acesso a vários relatos de pessoas que dizem ter sofrido golpes pelo aplicativo do banco”.

Segundo o instituto, o aplicativo do roxinho não possuía ou utilizava um sistema para bloquear transações fora do padrão da conta. Segundo relatos de vítimas, o sistema do neobanco permitiu em poucos minutos transações de Pìx de mais de R$ 100 mil, não identificando algo de errado nas operações.

“Por conta da repercussão dos casos, o Idec agiu e enviou notificação ao Nubank para que ele dê mais detalhes sobre o fato, informe por que não foram adotadas medidas preventivas com maior antecedência e de que forma está lidando com as pessoas vítimas dos golpes”, acrescenta o Instituto.

No ano passado, em resposta a outros casos divulgados nas redes sociais sobre fraudes via aplicativo, o Nubank já tinha lançado uma outra plataforma de apoio aos clientes. Foi o SOS Nu, uma área dentro do blog da empresa que reúne dicas úteis contras as ciladas que envolvem cartão de crédito ou contas digitais.

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