Quais são as fintechs com mais reclamações no BC?

Quem nunca reclamou do banco, que atire a primeira pedra. Mas o Banco Central (BC) está de olho nas queixas dos consumidores e, segundo o ranking divulgado esta semana, nem as fintechs escapam. As principais reclamações são com relação à cobranças indevidas nos cartões de crédito e nas contas. Saiba quais as startups — e fintechs não tão pequenas assim — que fazem parte da lista.

No grupo das Top 15 instituições com mais contestações, o PagBank aparece em segundo lugar, com índice de 20,35. Esse valor é definido com base no número de reclamações procedentes, dividido pelo número de clientes do banco.

No total, a instituição recebeu 633 reclamações procedentes no quatro trimestre de 2023. Entre elas, 241 queixas foram por irregularidades relacionadas à conta de pagamento. Clientes também reclamaram de bloqueio de valores (68) e restrição à realização de portabilidade nas operações de crédito consignado (64), entre outras questões.

O C6 Bank ficou em quinto lugar nesse ranking, com índice 15,23 e 432 queixas procedentes. A maior parte (92) foi relativa a irregularidades em operações e serviços relacionados a cartões de crédito, como cobrança indevida, compras não reconhecidas, cobranças em duplicidade etc.

Em oitavo lugar, a fintech Neon aparece com índice 11,06 e 245 reclamações consideradas procedentes pelo Banco Central. Os principais motivos foram irregularidades nas contas de pagamento pré-paga (58) e pós-paga (53). Esses problemas podem incluir, por exemplo, débitos não autorizados e compras não reconhecidas no cartão de crédito.

O conglomerado do Original, que engloba também o PicPay, está em nono lugar no ranking, com índice 10,22 e 542 queixas procedentes. Irregularidades na conta pré-paga (104) e problemas no Pix (56) foram citados como os maiores problemas.

O ranking do BC é completado pelo Nubank, em 11º lugar, Mercado Pago, na 14ª posição, e Ame Digital, em 15º. Nos dois primeiros casos, as principais reclamações foram com relação a problemas nas contas. Já na Ame, a fintech das Americanas, a maior parte das queixas foi por abertura de conta sem documentação necessária ou com documentação falsa (60).