A disputa das contas internacionais segue aquecida, e agora tem um novo competidor. A Remessa Online, fintech que faz parte do grupo Ebanx, anunciou nesta semana o lançamento de sua conta global. O movimento já havia sido revelado pelo CEO, José Dias, em entrevista ao Finsiders há cerca de quatro meses.
A conta internacional da Remessa Online larga com um cartão de débito que permite realizar despesas em euro. Em seguida, a empresa vai disponibilizar a versão para gastos em dólar. Os pagamentos poderão ser feitos em qualquer lugar do mundo, com a cotação comercial e recolhendo 1,1% de IOF. Para carregamento do cartão, há uma taxa que varia entre 0,8% e 1,2%, dependendo do valor creditado.
Em nota à imprensa, a fintech informa que a expectativa é atender toda a base de clientes até o fim do ano. Para ter acesso ao novo produto, é preciso acessar o site da Remessa Online e fazer um cadastro simples que envolve o preenchimento de nome, e-mail e CPF, além de anexar um arquivo com a imagem digitalizada de um documento de identificação (passaporte, RG ou CNH) emitido no Brasil.
Com a solução de conta global, aliás, a fintech retoma os desenvolvimentos para pessoas físicas, depois de dar mais foco para os clientes PJ. “O e-commerce encurtou a distância entre consumidores, produtos e serviços. Agora é a vez da tecnologia ampliar o acesso e melhorar a experiência dos consumidores com o uso do seu próprio dinheiro”, diz José Dias, CEO da Remessa Online, em nota.
Concorrência
A chegada da fintech ao mercado de contas globais é mais uma prova do apetite pelo segmento, de grandes players a novos entrantes. No mês passado, por exemplo, a XP anunciou sua iniciativa nessa área. A Nomad, por sua vez, acaba de levantar cerca de R$ 300 milhões e vai lançar um cartão de crédito.
O setor tem também o Itaú, que é acionista da Avenue, corretora digital norte-americana. Desde julho, a My Account, solução de conta global do Bradesco, está disponível para toda a base de clientes do ‘bancão’. Os competidores incluem, ainda, os britânicos Revolut e Wise, assim como bancos digitais brazucas como C6 Bank, Inter, BS2 e outros.