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A fintech dLocal, o primeiro unicórnio uruguaio, está avaliando alternativas para se capitalizar – e uma das opções para isso é uma possível venda, segundo afirmaram fontes ligadas à companhia de serviços de pagamentos.

A informação foi divulgada inicialmente pela Bloomberg, afirmando que a empresa uruguaia está trabalhando com um consultor financeiro e mantendo conversas com potenciais compradores. Entretanto, de acordo com as fontes, até o momento a companhia não recebeu nenhum retorno interessado em comprá-la.

Apesar da sondagem no mercado, isso não quer dizer que a dLocal está determinada de fato a vender sua operação. A possibilidade de se manter independente está aberta. A fintech não quis se pronunciar sobre o assunto.

Os rumores de venda da dLocal entram em linha com um movimento recente do mercado global de pagamentos, que está apresentando sinais de uma possível consolidação. No mês passado, a WorldPay vendeu uma participação majoritária de sua operação por US$ 18,5 milhões. No caso da dLocal, atualmente quem concentra a maior fatia do negócio é a General Atlantic, com 21% do capital.

A dLocal, que tem capital aberto desde 2021 e uma avaliação de mais de US$ 4 bilhões no mercado, atende clientes em mais de 40 países, com foco principalmente no Brasil, México, Argentina e Chile, enfrentando a concorrência pesada de outros unicórnios, como a brasileira Ebanx.

No mês passado, a dLocal recebeu autorização do Banco Central (BC) para operar no Brasil como instituição de pagamento (IP), abrindo sua nova operação em São Paulo com um capital social de R$ 36 milhões.

Primeiro unicórnio uruguaio

Fundada no início de 2016, a dLocal é uma processadora de pagamentos cross-border que conecta comerciantes globais a mais de 900 métodos de pagamento em 40 países nas regiões da América Latina, Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África.

Ao todo, mais de 600 merchants e PSPs (provedores de serviços de pagamento) utilizam as soluções da fintech. Na lista estão gigantes como Uber, Booking.com, Rappi, Amazon, Dropbox, entre outros. No primeiro trimestre deste ano, a empresa somou um volume total de pagamentos (TPV) recorde de US$ 3,6 bilhões.

Primeiro unicórnio do Uruguai, a dLocal atingiu tal status em setembro de 2020, quando recebeu US$ 200 milhões em rodada liderada pela General Atlantic (GA). Menos de um ano depois, a fintech fez uma bem-sucedida estreia na Nasdaq chegando a valer mais de US$ 11 bilhões.

Entretanto, de um ano para cá, as coisas não andam tão bem para a companhia, sendo alvo de denúncias de má governança e uso indevido de recursos, o que fez seu valor de mercado despencar. Atualmente, ela tem um valor de mercado de pouco mais de US$ 4 bilhões.

O lado bom dessa história? Bem, com a informação de uma possível venda, as ações da dLocal subiram 7,81% de ontem (14) pra hoje (15).

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