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Uma das principais atrações do Fire Festival, o empresário norte-americano Gary Vaynerchuk é um sujeito que atrai atenções. Em sua palestra no evento da Hotmart em Belo Horizonte, ele lotou o pavilhão principal para compartilhar seus pensamentos sobre o futuro da tecnologia, da mídia e negócios, inclusive dando seus pitacos sobre a atual “corrida do ouro” na tecnologia: a inteligência artificial. Segundo ele, tem muito fundador que vai se dar mal nessa corrida: “99% das startups de IA vão falhar”, afirmou.

Gary Vee (como geralmente é chamado em suas redes sociais, onde acumula mais de 10 milhões de seguidores) não é um estranho à previsões – só nos últimos anos ele já puxou o hype de tecnologias como NFTs e o metaverso, tendências que recuaram tão rápido quanto cresceram.

Para dar um exemplo, o mercado de NFTs teve em 2021 um boom notável, chegando a valer US$ 11,3 bilhões com suas artes digitais, tokens de metaverso e outros itens colecionáveis. No ano passado, entretanto, este mesmo mercado sofreu uma desvalorização de mais de 77%, segundo dados da NonFungible Report.

Para Gary Vaynerchuk, as tendências de dois ou três anos atrás não morreram, mas passaram por uma saturação, com muitas empresas executando projetos de forma errada. No caso da IA, este primeiro ano pode passar por algo semelhante, com diversos negócios abordando a tecnologia de forma superficial.

“As tendências sempre vão existir, e terá pessoas querendo entrar. O que vai definir quem será bem-sucedido é a capacidade de executar. Do ponto de vista de negócios nada mudou, o que terá que mudar são os fundadores e investidores”, disparou, em coletiva durante o evento.

“Milhões ou bilhões de dólares serão perdidos (em negócios de IA), mas ao mesmo tempo negócios monumentais serão construídos”, completou o empresário proprietário da agência norte-americana Vaynermedia.

Tik Tok não é o fim

Mudando um pouco de assunto, Gary Vee também opinou sobre o futuro do dinheiro na mídia e na chamada “creator economy”. Segundo ele, os grandes orçamentos destinados a veículos maiores começarão a sumir, e empresas vão distribuir estes investimentos de forma descentralizada. “A cauda vai ficar longa”, pontuou Gary.

Perguntado sobre onde estarão as oportunidades em um cenário mais pulverizado, Gary manteve o tom otimista. Segundo ele, tanto no lado do produtores, que construírão negócios a partir de seus perfis, quanto em plataformas de distribuição ou de produção, ainda haverá muita oportunidade para quem quiser entrar e ganhar dinheiro com a creators economy. “O Tik Tok não é o fim da revolução para a produção de conteúdo”, finalizou.

*Leandro Souza viajou a Belo Horizonte a convite da Hotmart.

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