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Embora seja uma economia que movimenta cerca de R$ 82 bilhões anualmente, a chamada creator economy ainda é uma incógnita para muitos investidores. Este foi o tema abordado pelo managing director da General Atlantic, Rodrigo Catunda, e pelo managing partner da DOMO Invest, Marcello Gonçalves, em painel durante o Fire Festival, da Hotmart.

“Os criadores de conteúdo podem ser os futuros IPOs, mas ainda estamos entendendo o quão grande e disruptivo o mercado de conteúdo é”, avalia Rodrigo Catunda, perguntado sobre o potencial dos produtores de conteúdo e de tecnologias destinadas a eles.

“A creator economy ainda é um espaço novo e pouco compreendido pela economia real”, completa Marcello Gonçalves, da DOMO, que juntamente com a General Atlantic, é investidora da Hotmart, empresa que se tornou unicórnio com uma plataforma voltada à economia criativa.

Para ambos os investidores, os impactos reais deste “universo” na economia real ainda estão por vir, e aos poucos, estão começando. Segundo Rodrigo, muitos produtores de conteúdo estão transformando sua presença digital em empresas e negócios multimilionários. Alguns exemplos são fáceis de encontrar, como o da influencer Virgínia Fonseca, que criou a sua marca de cosméticos (WePink) e em pouco tempo passou dos R$ 170 milhões em vendas.

Outro exemplo citado pelo diretor da GA no Brasil foi o da Fluency Academy, que começou vendendo cursos dentro da plataforma da Hotmart para hoje se tornar uma edtech com tecnologia própria de cursos, que recebeu investimento da GA para impulsionar seu crescimento como uma plataforma global.

“Muito começaram em plataformas como a da Hotmart como uma forma de renda, mas evoluíram para criar negócios. Tem muito produtor de conteúdo que virou empresa, e estão crescendo numa escala gigantesca, podendo virar empresas de milhões ou bilhões de reais, e é essa dinâmica que queremos observar”, analisa Rodrigo.

Mas e então, isso quer dizer que os VCs em breve vão embarcar no “hype train” da creator economy? Para Marcello Gonçalves, um veterano do mercado de investimentos, o prognóstico pode ser um pouco diferente. Segundo ele, os primeiros a colocarem seus milhões neste segmento serão os grandes grupos de mídia, empresas de publicidade, ou incumbentes de educação, em busca de renovação no mercado.

“Para estes players, estes ativos são muito mais relevantes de manter do que para nós, que olhamos sempre para o exit. Entretanto, serão os movimentos deles que nos ajudarão a saber o valor deste mercado, e aí então teremos os parâmetros de saída”, finaliza.

*Leandro Souza viajou a Belo Horizonte a convite da Hotmart.

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