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Quatro meses depois de fazer uma rodada substancial de cortes, eliminando cerca de 6% do seu quadro de funcionários, o iFood promoveu mais um “ajuste interno” em seu quadro de colaboradores. Agora o principal foco foi na divisão fintech da startup, especificamente na unidade de negócios iFood Benefícios.

As demissões começaram a ser divulgadas no LinkedIn, com publicações de funcionários que foram desligados a partir desta segunda (18). Procurado pela reportagem do Startups, o iFood confirmou os desligamentos, apesar de não dar maiores detalhes sobre as razões para a decisão ou o número de pessoas afastadas.

Em conversa com alguns dos funcionários desligados nessa rodada, foi possível apurar que a nova onda de layoffs não foi tão agressiva quanto a que ocorreu em março, mas ela dá sinais importantes sobre um ajuste interno na estratégia da empresa para seus produtos financeiros e de benefícios, um mercado em que o iFood concorre com nomes fortes como Flash, Caju, Swile e várias outras.

Entretando, conforme conseguiu apurar a reportagem do Startups junto a ex-colaboradores e fontes de mercado, o corte foi de aproximadamente 25 pessoas, um número pequeno em relação ao quadro geral da companhia – cerca de 5 mil colaboradores. Entretanto, pensando na divisão iFood Benefícios, o percentual deve ter sido bem maior, colocando em questão o futuro desta divisão de negócios.

“O iFood tomou a difícil decisão de descontinuar algumas posições internas dentro da unidade de Fintech, alinhado à estratégia de tornar suas frentes de negócios prioritárias mais eficientes em seus custos operacionais. A empresa está comprometida em garantir que esse momento seja conduzido com o máximo de cuidado e respeito a essas pessoas”, disse a companhia em nota enviada ao Startups.

Sobre a parte de iFood Benefícios, a empresa afirmou que a reorganização serviu para que ganhar mais foco em produtividade, rentabilidade e crescimento a longo prazo. “As mudanças na estrutura foram necessárias para que possamos, no futuro, atingir o nosso máximo potencial, reforçando nossa intenção de mantê-lo sadio, rentável e uma referência dentro do mercado”, afirmou a startup, em comunicado.

Constantes reajustes

“Em tempos de ajustes, todo e qualquer projeto de inovação que não esteja em regime de expansão corre o risco de parar ou ter cortes”, afirmou ao Startups uma fonte de mercado familiarizada com o iFood.

Segundo a fonte, o que aconteceu esta semana não é bem uma nova rodada, mas impactos adicionais do passaralho de meses atrás. “O que tenho percebido em contato com com eles é que a rodada anterior ainda está rendendo impactos internos. Algumas áreas ainda estão sendo reestruturadas, com a realocação de pessoas que ficaram. Minha impressão é que a rodada anterior ainda está em aberto e que alguns ajustes serão feitos”, revelou.

O fato é que o iFood, no espaço de pouco mais de um ano, já fez diversos movimentos de reajuste interno. Em agosto do ano passado, ela realizou uma nda de cortes internos e redução de 50% em contratações para a startup. Na época, a empresa atribuiu isso a uma “mudança de comportamento” na sociedade em relação aos dois últimos anos e apontou a mudança interna como uma “manobra natural e orgânica”.

No caso dos layoffs em março passado, a decisão foi colocada na conta da crise. “O atual cenário econômico mundial tem exigido das empresas ações imediatas na busca por novas rotas para enfrentar essas adversidades. Não foi diferente com o iFood“, afirmou a empresa na época.

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