*A cobertura especial do Startups no Gramado Summit tem apoio da Sólides.
No início de uma startup, muitas vezes, o próprio fundador assume a posição de CEO. Ele criou a empresa, conhece seus propósitos, vai atrás dos investidores e está lá para fazê-la crescer. Mas à medida que o negócio evolui, é importante que o founder faça uma pergunta a si mesmo para avaliar os próximos passos da companhia: será que ele é a melhor pessoa para estar naquela função?
“Ao longo da jornada da startup, os desafios, a maturidade e a escalabilidade começam a acontecer, o fundador tem que ter uma ótima visão interna para saber se ele é a pessoa certa para ser o CEO”, disse Ana Debiazi Vicente, CEO da Leonora Ventures, durante o 1º dia do Gramado Summit.
Com a expectativa de receber 10 mil pessoas entre os dias 12 e 14 de abril, o evento da serra gaúcha se posiciona como o maior brainstorming da América Latina, e tem o Startups como seu parceiro de curadoria para trazer conteúdos e insights quentes, como o atual momento do mercado de venture capital, o novo cenário para as fintechs, inovação aberta e as tendências tecnológicas para os próximos anos.
“O CEO precisa estar na gestão da empresa olhando para o futuro, mas também para o presente, além de entender os processos internos, como deixar os colaboradores mais felizes e fazer a empresa crescer. É ser o líder das pessoas lá dentro, e do ecossistema onde atua, e sabe o que quer transmitir para o mercado”, completa Ana.
A Leonora Ventures é uma corporate venture builder catarinense criada para impulsionar o crescimento de startups, com foco no setor de varejo, logística e educação. Com essa experiência, a executiva conta que é comum startups quebrarem pela falta de gestão – ou a gestão equivocada, por terem CEOs que não querem abrir mão do cargo, mesmo sem ter as habilidades necessárias para dar as coordenadas ao longo do caminho da empresa.
Mudanças constantes
Francieli Balem, fundadora e CEO da The New Squad, hub que visa acelerar marcas e negócios digitais criados por mulheres, ressalta que o papel do CEO muda constantemente, e é preciso ter a flexibilidade e habilidades necessárias para isso. “Geralmente, o founder assume essa cadeira e está desbravando o negócio. Mas as habilidades mudam conforme a empresa cresce. O CEO tem que inspirar e motivar o time, e todo dia vender esse sonho para os colaboradores”, pontua.
As executivas ressaltam que, mesmo se deixar de ser o CEO, o fundador da empresa segue com uma missão importante. “Ele é a peça fundamental da startup. Às vezes, o produto é meia-boca, mas se o founder for bom, conseguimos fazer o produto se tornar o melhor de todos. Ele não é o dono da razão, mas está sempre analisando o mercado e o segmento, ajudando a startup a crescer”, diz Francieli.